sábado, outubro 23, 2004

Teatro dos Sonhos

Parece que mais uma alma encantada pela música de Dream Theater se juntou à blogosfera. Falo do Rui e do seu TeatrodosSonhos onde eu espero ler excelentes histórias e comentários, como é apanágio deste colega da Faculdade de Letras. Se puderem deem uma vista de olhos ao blog, pois decerto não se arrependerão.

E por falar no Rui, foi ele que me emprestou o album que estou a ouvir neste preciso momento e sobre o qual gostaria de fazer uma referência. Muito se falou e ainda se fala da saída de Derek Sherinian de Dream Theater, após 3 albuns editados com a banda. As comparações dos fans de Dream Theater entre ele e os outros teclistas são inevitáveis e normalmente pouco honrosas para Derek, que desde a sua saída da banda sempre foi algo 'enxovalhado', também muito por culpa de Mike Portnoy que apontou sem receios que a origem do problema foi o ego de Sherinian e a sua pose de estrela, sempre algo distante da realidade que a banda pretendia transmitir. Quero eu com todo este assunto dizer que considero Derek um dos maiores executantes dos teclados que já ouvi, e para tecer este elogio não me posso restringir apenas aos albuns editados com Dream Theater. Para se conhecer o real génio deste músico é absolutamente necessário ouvir o seu trabalho a solo que contém uma preciosidade chamada Inertia. Se nunca ouviram façam o favor de arranjar este album soberbo. Aparte do feitio de Derek, o registo mais notório que ele nos deixa é a sua música e não as suas histórias com Dream Theater, por isso não ignorem a sua música.

sexta-feira, outubro 08, 2004

Sociedade em crise

Pois é, a última grande vantagem que nos trouxe o governo de Santana Lopes foi a censura. Após a desorganizada (não) colocação dos professores nas respectivas escolas, o governo, através do ministro-remendo Gomes da Silva, criticou fortemente Marcelo Rebelo de Sousa por este ser mais inimigo do governo que a própria oposição. Eu fiquei estupefacto pelo tom acérrimo com que Gomes da Silva criticou o professor Marcelo, até porque nesse domingo cheguei tarde do trabalho e a crónica semanal do professor era o único programa de interesse que estava a ser emitido enquanto jantava. Ouvi atentamente as suas palavras e concordei com a maior parte das suas afirmações, sobretudo quando ele se pôs contra a ponte de segunda-feira, alegando que o governo tinha pedido mais trabalho e que estava a efectuar exactamente o contrário do pretendido. Nunca pensei é que tais palavras fossem escamoteadas daquela forma.

Após isto, Marcelo Rebelo de Sousa encontrou-se com o presidente da república Jorge Sampaio para discutirem tal acontecimento. E com isto viram-se dois bons exemplos de como está o nosso mundo político:

1) O Presidente da República tem uma audiência com o professor Marcelo alguns dias após o seu abandono da televisão, para conhecer os factos que o levaram a cometer tal acto. Imagine-se que eu escrevia um livro que era crítico em relação ao governo e este era censurado não pela minha editora, mas sim por ordem governamental. Quanto tempo teria eu de esperar para ser ouvido pelo presidente? Seria eu alguma vez ouvido pelo presidente?

2) Santana Lopes ficou fragilizado nesta situação, encontrando-se cada vez mais isolado na esfera política. O apoio que o Presidente da Republica manifestou ao seu executivo vai-se esfumando; o apoio dentro do PSD é cada vez menor, dado que Durão Barroso não o pode acudir neste momento; a oposição conhece-o bem e apresenta uma vitalidade que não se via desde a primeira candidatura de Guterres ao executivo. neste cenário, há condições para continuarmos a acreditar que este governo fará algo positivo por nós no que resta do seu mandato?

sexta-feira, setembro 17, 2004

Constatação

Vê-se gente bué estranha por aí.

segunda-feira, agosto 30, 2004

Jogos Olímpicos de Atenas 2004

Já não escrevia aqui há algum tempo. Ando a levar o termo férias demasiado a peito e ainda bem.

Vou aproveitar para expôr um comentário que escrevi no www.relvado.com no dia 27 de Agosto sobre algumas das incidências que marcam o desporto com base nos Jogos Olímpicos.

Se há algo que se tem desvanecido nos últimos Jogos Olimpicos é o espirito olimpico. Ele ainda existe, mas está cada vez mais perdido entre os patrocinios, as federações, os prémios monetários e a falta de fair-play entre os atletas.

Uma imagem que indica isto é a final dos 200 metros, onde o trio norte-americano fez jus ao favoritismo e assim ganharam os três primeiros lugares no podium. Nessa final, aquando as imagens antes da partida reparei na atitude do atleta Crawford, que posando às camâras, mostrou uma face arrogante e convencida, como se estivesse no trono do mundo. Essa imagem do atleta gabarolas em contraste com a concentração do namibiano Fredericks, que pedia ao mesmo tempo silêncio ao público, chegou para que eu ganhasse alguma aversão ao norte-americano. E maior ficou essa mesma aversão após o final da prova, já que Crawford ignorou os atletas dos outros países que o tentavam cumprimentar/felicitar, optando por unir-se aos seus 'irmãos de armas'.
Foi uma tremenda falta de respeito para com os seus concorrentes e foi uma atitude egocêntrica. Quando os melhores corredores são assim, é porque o desporto está em crise, é porque os valores de união, do combate leal, do respeito pelo adversário estão em crise. Após esses valores estarem em crise não me interessa se amam o país como mais ninguém, pois a realidade é que não são atletas olimpicos, são meros mercenários, aliçercados em patrocinios e treinadores que muitas vezes optam por caminhos desleais. O facto de 2 dos 3 primeiros classificados na prova dos 200m serem treinados pelo mesmo treinador da 'acabada' Marion Jones chega-me para saber de antemão que esta não terá sido uma prova justa. Acredito piamente que haja doping envolvido nesta prova.

E acredito também que há ainda atletas valentes e humildes como o Rui Silva ou a Fernanda Ribeiro (para citar só alguns) que tanto nos deram, mas que ainda assim são criticados como se as vitórias fossem uma obrigação. O público também tem uma certa culpa, pois já não vê os JO com o intuito de assistir a um espectaculo, mas sim com o intuito de ver a sua nação ganhar. Tornou-se um pouco como os adeptos que vão aos campos de futebol portugueses.

Há uma falha enorme na cultura desportiva, e essa só poderá ser reposta na educação familiar e escolar.

segunda-feira, agosto 02, 2004

Entre-os-Fogos

A primeira etapa da volta a Portugal em bicicleta foi uma boa janela para os olhos dos que ainda duvidam da força do fogo. Ao mesmo tempo que os ciclistas rolavam pelo asfalto quente das terras próximas de Castelo Branco, o telespectador podia contemplar a paisagem completamente arrasada pelo fogo dos últimos dias naquela outrora verdejante floresta.
Eu sabia que o Euro2004 tinha sido uma excepção à nossa capacidade organizacional, não sabia é que o exemplo seguinte seria logo passado um mês.
Outro acontecimento do qual me recordei quando me deparei com esta nova vaga de chamas no solo nacional foi o de Entre-os-Rios. Tal como no ano passado ( e no anterior), falou-se de protecção civil, políticas ambientais e apoios às corporações de bombeiros a nível terrestre e essencialmente aéreo, mas, e para não variar no nosso cantinho à beira-mar plantado, as orelhas continuam todas moucas e será necessária uma catástrofe (como se esta situação já não fosse uma) para que hajam medidas. Foi por isto que me lembrei de Entre-os-Rios, visto que foi preciso a ponte cair para existirem vistorias e obras de recuperação às envelhecidas pontes espalhadas pelo nosso país. E, apesar de toda as medidas efectuadas com base na tragédia, ainda houve quem se limitasse a procurar culpados entre os areeiros e os governantes municipais, como se não passasse tudo de um jogo político. É neste contexto que cada vez mais situo os fogos em Portugal: numa luta política de interesses que desconhecemos, mas que certamente serão pessoais ou monetários.
No mesmo patamar criminal dos piromaníacos só mesmo essas pessoas preocupadas com tais interesses.

quinta-feira, julho 15, 2004

É este o mundo em que (sobre)vivemos

É o país mais pobre do continente sul-americano e em alguns aspectos a sua situação social é pior do que a existente no Sudão. Os numerosos golpes de estado que se vão sucedendo nas últimas décadas e o esquecimento da comunidade internacional provocaram o desaparecimento quase total, do Haiti.

A insegurança é o principal problema e a polícia apenas dispõe de 6.000 agentes efectivos para velar pelos 8 milhões de habitantes do território.
80% da população haitiana sobrevive com menos de um dólar diário e não tem acesso a água potável e a electricidade. A SIDA cresce assombrosamente numa população em que a esperança média de vida não supera os 50 anos.

A história do Haiti é marcada pela saga dos ditadores Duvalier (François Duvalier e Jean-Luc Duvalier) e pelas Tonton Macoutes (voluntários a quem era dada licença para torturar e matar os opositores das políticas dos Duvaliers).
Em 1994, o país caribenho foi ocupado pelas tropas dos Estados Unidos, que devolveram o poder a Jean Bertrand Aristide. O seu governo manteve-se por 3 meses, quando as revoltas provocadas pela sua corrupçao o obrigaram a exilar-se na África do Sul.
Instaurou-se depois um governo provisório até às eleições do próximo ano. Muitos haitianos consideram que esta será a última oportunidade para erguer um país devastado política e socialmente.

É este o mundo que olhamos todos os dias e que continua, estranhamente, a rodar sobre si próprio, como se nada disto estivesse a acontecer. Pensamos nós que por vezes todo o mal do mundo nos cai em cima, mas para variar, esquecemo-nos daqueles que nada têm e que dariam tudo o que têm (que é pouco) para terem uma oportunidade como a nossa. Daí eu achar que os nossos problemas são cada vez mais rídiculos comparados com os problemas daqueles que pisam o mesmo mundo que nós.
Mais uma vez caí na real...


Faleceu Germano Figueiredo

Germano Figueiredo, defesa-central da equipa do Benfica que se sagrou bicampeã europeia, faleceu esta tarde, com 71 anos, deixando o futebol português de luto.
Considerado um dos melhores defesas de todos os tempos em Portugal, Germano foi recentemente recordado nas comemorações do Jubileu da UEFA, sendo 53.º classificado entre 250 futebolistas que mais se destacaram para aquele organismo desde 1954.
Durante a sua carreira passou pelo Atlético (1951-1960) e pelo Benfica (1960-1966), tendo representado a Selecção portuguesa em 24 ocasiões, inclusivamente no célebre Mundial-66, no qual foi o «capitão» da equipa das Quinas que arrancou o terceiro posto final.
Verdadeiro líder dentro do campo, Germano destacou-se ainda pela sua polivalência, ficando na memória de todos a sua prestação na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1964/65, em San Siro, com o Inter, onde substituiu Costa Pereira na baliza do Benfica.


Por tudo o que fez pelo futebol português, o seu nome perdurará entre os grandes mitos do desporto em Portugal. Que descanse em paz

segunda-feira, julho 12, 2004

Bloguices I

Não tem havido muito tempo para eu actualizar isto com 'posts' que não sejam dedicados ao futebol. Porque o futebol é uma matéria básica de que qualquer um pode falar por menos capacidade de raciocínio que tenha.
É o futebol e a política.
Sobre a actual situação política de Portugal anda toda a populaça num bumba meu boi de opiniões politico-partidárias baseadas em conversas de café e jornais sensacionalistas. Não digo que as conversas de café sejam todas más, mas afirmo que as conversas sobre futebol e política em cafés costumam resultar apenas num motivo para gozar com o 'senhor que disse aquela estupidez da outra vez' ou resulta em conflitos introspectivos de dúbia sensatez porque é formado pelas opiniões que o 'outro gajo disse'.

segunda-feira, julho 05, 2004

Voltando à vida normal no que ao futebol diz respeito, observo com ar espantado a Superliga para a próxima época. Espantado e com orgulho, pois esta será uma Superliga repleta de jogadores campeões europeus a nível de clubes e de finalistas do Euro 2004. Quanto a treinadores, esta Liga não ficará nada atrás das outras.

FC Porto - Del Neri
- Apologista do ataque, mestre em surpresas através de um grande trabalho técnico-táctico, resta a dúvida se Del Neri será capaz de se adaptar ao futebol português.

SL Benfica - Trappatoni
- Treinador de índole defensiva, foi campeão seis vezes em Itália (Juventus [5]; Inter de Milão [1]) e uma na Alemanha (Bayern de Munique). Decepcionou no Euro2004 e alguns dizem que está em fase descendente da carreira.

Sporting CP - Peseiro
- Um treinador metódico e disciplinador, não apresenta grande currículo enquanto treinador principal. É uma aposta para o futuro e será bem sucedido se a estrutura dirigente do Sporting o permitir.

Boavista FC - Jaime Pacheco
- Jaime Pacheco poderá planear a época desde o ínicio e isso poderá tornar o Boavista na tal equipa aguerrida e eficaz que foi campeã em 2000/01.

domingo, julho 04, 2004



Portugal 0 - 1 Grécia (Final do Euro2004)

Os deuses do futebol estão loucos e decidiram premiar o futebol cínico e pouco vistoso desta Grécia germanizada. Estas são as características que fizeram dos helénicos campeões:
- o 'rolo compressor' defensivo, incluíndo as dobras constantes por mais do que um defesa;
- a ocupação total dos espaços a meio-campo;
- a rapidez de processamento e adaptabilidade da equipa face ás mudanças tácticas do adversário;
- a frieza na hora de encarar a baliza adversária;
- a energia que o treinador transmite para a equipa;
- e finalmente, a sorte.

Pesquisando as estatísticas, elas que são cruéis e não mentem, reparamos que a Grécia foi a equipa que conseguiu derrotar por 2 vezes o país anfitrião, derrotou a França (favorita pela carreira na fase de qualificação) e a Rep. Checa (favorita pela carreira no Europeu) e pelo meio empatou com a Espanha, perdendo com a Rússia pela margem de um golo, o suficiente para passarem.

Os meus sinceros parabens à Grécia!

E claro, os meus parabens a Portugal pelo aspecto desportivo e acima de tudo organizativo! Estamos todos de parabens porque realizámos um enorme evento onde as qualidades e defeitos de todos nós ficaram expostas. Pelo que deu para ver, os estrangeiros ficaram contentes com o nosso acolhimento e só podemos sentir-nos realizados por isso.

quinta-feira, julho 01, 2004



Ainda sobre o Portugal - Holanda, não sei se é por falta de algo melhor para fazer ou por tentar dar mérito aos jogadores portugueses, mas vou proceder a uma análise individual dos tugas:

Ricardo - Está super confiante e é um dos ícones do seleccionador Scolari. A maneira como acorre às bolas e como motiva os seus companheiros é meritória.
Miguel - Aproveitou o deslize de Paulo Ferreira no jogo inaugural e não mais largou o lugar. Aguerrido a defender, 'secou' um dos principais motores de jogo holandeses: Robben
Ricardo Carvalho - Chamá-lo Deus da defesa não é blasfémia. É o melhor central do mundo. Está em todo o lado, antecipa-se aos avançados em todas as situações e transporta jogo para a frente.
Jorge Andrade - Infeliz no auto-golo, conseguiu recompôr-se. É um excelente complemento a R. Carvalho devido ao seu jogo de cabeça e á sua rapidez.
Nuno Valente - Andou 'apertado' com a rapidez de Overmars mas o seleccionador holandês foi amigo e substituiu o avançado ao intervalo. A partir daí foi mais central que lateral.
Costinha - Parecia que andava meio perdido do jogo mas cortou muitas mais bolas que Davids. Fez do posicionamento a sua melhor arma contra os médios holandeses.
Maniche - Aquele golo está só ao alcance dos predestinados. Um golo fabuloso que comprova a utilidade deste médio de coração e raça em campo.
Deco - A maneira como partia sem medo para cima de 3 ou 4 defesas e só lhe tiravam a bola com faltas ( a maior parte não assinaladas) é de alguém que quer muito ganhar.
Cristiano Ronaldo - Irreverente, quer dar espectáculo a todo o custo. Marcou o golo inaugural no 'seu' estádio.
Figo - Foi o melhor em campo e isso diz tudo. Foi o Figo de Barcelona que ontem esteve em campo e que mexeu com tudo e todos. Saiu do campo a chorar de alegria. Um ídolo.
Pauleta - Não está bem a finalizar, mas conseguiu mexer com o ataque português, ao contrário do últimos jogos em que passou ao lado do jogo.
Petit - Muito útil na recuperação de bola, foi um entrave às pretensões atacantes dos holandeses.
Fernando Couto - O 'capitão' é ainda um grande central. Muito útil no jogo aéreo aquando o sufoco holandês.
Nuno Gomes - Esteve mais apagado do que Pauleta, embora tenha colaborado numas preciosas tabelinhas.

É esta a nossa selecção! É nela que acreditamos!



Portugal 2 - 1 Holanda

Como eu não tenho palavras para esta grandiosa vitória e a consequente passagem para a final - feito único no futebol português - resta-me ler (com especial gozo) o que se escreve na imprensa do país vizinho sobre Portugal e a sua selecção.

Esta é a recolha e tradução de excertos do artigo de opinião escrito por Eduardo Torrico para o jornal As:

(...)Figo trabalhou durante toda a temporada ao lado de eles (Raul, Beckham, Zidane, etc) e às ordens dos mesmos treinadores, e não só foi o jogador mais destacado do Real Madrid como também foi capaz de conservar a forma para chegar pletórico a Portugal(...)
(...)Neste galáctico Real Madrid apenas há um verdadeiro campeão: Luis Figo. É ele o único que quer ganhar até as peladinhas.
Por isso, aquela famosa frase que disse ao As: Se não me querem, faço as malas. Porque está farto de deixar a pele em campo para que os méritos sejam reconhecidos a outros que fazem bastante menos.
Aqui em Portugal não tem esse problema. Aqui não só é líder, dentro e fora do campo, como é também o ídolo nacional(...)


Por seu lado, Juan Cruz diz:

(...)No final, quebrou Deco. Parece que está próximo do Barça. Espero que não vejamos uma miragem no extraordinário futebolista. Se fosse eu que comprasse jogadores com os cheques de Barcelona voltaria a contratar Figo. Esteve imenso quase sempre; parecia o Figo que jogou no Barcelona(...)

J.M. Gozalo afirma:

(...)Luis Figo saiu de Alvalade a marcar a impronta do futebol luso, a apresentar as suas credenciais e a apagar todo o rasto de dúvida. Rápido, vertical, hábil, poderoso, jogando pela direita e pela esquerda, como nos seus melhores momentos(...)

Por fim, Juan Trueba comenta:

(...)Os nossos vizinhos da esquerda jogarão com toda a justiça a final do Europeu que eles mesmos organizam e isso deveria animarmos (aos espanhóis) um pouco, nem que seja por partilharmos a península e por muitos de nós termos alí parentes mais ou menos próximos(...)

terça-feira, junho 29, 2004

Nulidades

- Tou a começar a ficar bronzeado, o que não sendo lá muito interessante, não deixa de ser notícia.

sexta-feira, junho 25, 2004



Portugal 2 - 2 Inglaterra
(6 - 5 após grandes penalidades)

Ganhámos!!!
E desta vez com inteira justiça porque fomos a melhor equipa em campo. Tivémos azar com quase tudo, começando pelo parcial árbitro e pelo cínico futebol inglês que marcou golos quando não os merecia. Mas o futebol é injusto e eu já não me admirava se não passássemos às meias-finais. Mas passámos, e os heróis são todos: jogadores, equipa técnica, público, povo português e até o desportivismo inglês! Foi uma festa incrível e agora...venha o próximo!

terça-feira, junho 22, 2004

Barreirense - Basquetebol termina 76 anos depois

(...)O Futebol Clube Barreirense não apresentou a candidatura à próxima edição do Campeonato da Liga de Basquetebol. O prazo de inscrição, estipulado pelos regulamentos para as equipas concorrentes à competição profissional, terminou no dia 15 de Junho. Os excelentes resultados obtidos nesta modalidade, parecem não ter sido suficientes para reerguer a situação do clube(...)
(...)Ao que tudo indica o Barreirense, o primeiro clube a ter basquetebol em toda a Margem Sul, vai ter mesmo de suspender a modalidade de basquetebol, que inclui neste momento cerca de 1800 atletas em formação, 76 anos depois do seu início(...)


Há noticias que me deixam completamente atónito. E esta que o Diário do Barreiro noticiou é uma delas. Tinha lido num dos vários panfletos municipais que o Barreirense estava numa grave situação financeira e que a solução passava pela escolha entre o futebol e o basquetebol, as modalidades que mais adeptos e praticantes atraem no concelho. E claro, o sacrificado é sempre o basquetebol, vá lá eu perceber porquê...
O futebol do Barreirense tem a sua equipa sénior a jogar na 2ª divisão B há mais de 10 anos e nesses anos penso que era obrigação a estabilização económica do clube. Contrariamente a esta estagnação do futebol, o basquetebol do Barreirense criou uma grande equipa, alicerçada em jovens formados no clube e que, segundo os técnicos de basquetebol, dentro de 2 ou 3 anos seria uma equipa para lutar pelo título. Um trabalho que demorou vários anos a ser construído, à custa de muito esforço pessoal de certas pessoas que vivem escondidas no suor diário de um trabalho que ninguém quer ver. Mais uma vez, perguntou-me pela coerência da escolha entre o futebol e o basquetebol.
Por último pergunto-me pelo que esses 1800 jovens (número exagerado quanto a mim...penso serem na ordem dos 500 e não 1800) sentirão com esta medida. Acho que esta não é a melhor maneira para eles criarem raízes pela sua cidade. Para além de lhes retirarem o que gostam de fazer, também não vi a criação de outras medidas (leia-se actividades) que os possam entreter.

Numa cidade com 100.000 habitantes, e com as recentes contribuições autárquicas e impostos vários parece-me absurdo que não se arranjem verbas que possam manter os basquetebol barreirense.

domingo, junho 20, 2004



Espanha 0 - 1 Portugal

Passámos! E assim o povo já pode sair à rua e buzinar com os seus bólides pela noite dentro como se tivéssemos vencido a última das batalhas contra a invencível armada. Somos (também o sou porque nasci neste solo) uma cambada de incivilizados que aproveita o mais mesquinho dos triunfos para nos esbatermos em cerveja, gritos e festa e também para esquecer momentaneamente o estado socioeconómico de Portugal. Uma boa vitória que nos permitiu o avanço para os quartos-de-final do Euro2004 e é só. Porque estamos todos a festejar como loucos isto? Ganhámos alguma coisa? Talvez por isto é que nunca ganhámos nenhum trofeu relevante a nível de selecções. Porque festejamos antes do tempo. Porque após o jogo contra os gregos erámos uma merda e agora somos uma equipa soberba.
Honro a equipa portuguesa que não se deixou abater pelo mau resultado inicial, mas condeno o euforia desmedida dos portugueses quando a equipa ganha.

sábado, junho 19, 2004



Holanda 2 - 3 Rep. Checa

Grande jogo de futebol! A Holanda teve a sorte do jogo até ao seu 2º golo mas depois os novos mestres das reviravoltas fantásticas apareceram. 3 golos espectaculares (o segundo então é capaz de ser o melhor golo deste europeu em termos colectivos) e a Holanda a fazer contas. Os checos já haviam ganho a estes holandeses na fase de qualificação e demonstraram uma vez mais que as grandes equipas são aquelas em que as individualidades só aparecem depois. Quanto aos checos, foram a primeira equipa qualificada para os quartos-de-final. Uma pequena nota para o 'tiro' de Nedved ao poste da baliza de Van Der Sar, executado a mais de 30 metros da baliza e que se entrasse era simplesmente o melhor golo do europeu. A potência e colocação de cada remate deste esquerdino é simplesmente apaixonante.

terça-feira, junho 15, 2004



Suécia 5 - 0 Bulgaria

Bom jogo, em que os suecos revelaram uma extrema eficácia, a fazer lembrar as equipas italianas. O jogo foi algo aberto com as oportunidades de golo a repartirem-se. A Bulgaria só se pode queixar de si própria, pois das quatro ou cinco oportunidades de golos (uma delas flagrante) não logrou marcar um único golo. Do outro lado, os suecos foram implacáveis na hora de visar a baliza búlgara, com especial destaque para Henrik Larsson. Marcou 2 golos (o primeiro deles soberbo) e originou a desmarcação para a grande penalidade sobre Allbäck. Estiveram também em evidência Ibrahimovic e Ljungberg, jogando e fazendo jogar. De qualquer maneira pareceu-me um resultado injusto nos numeros, pois a equipa búlgara, pelo que jogou (especialmente Martin Petrov e Peev) não mereciam tal goleada. Quem não se compadeceu disso foi Larsson, o herói sueco e um dos avançados mais subvalorizados do futebol mundial.

Letónia 1 - 2 Rep. Checa

Boa partida de futebol, em que a disposição táctica das equipas foi a esperada: Letónia a defender com acutilância sobre o seu meio-campo e Rep. Checa a centrar o seu jogo nos pés de Rosicky e Nedved. Como estes dois não estavam muito inspirados, optou-se pelo nosso conhecido Poborsky e aí o jogo ganhou mais rapidez e interesse. Contra a corrente do jogo e após um jogada gananciosa de Baros, a Letónia partiu para o contra-ataque e conseguiu marcar um golo no final da 1ª parte. Verpakovskis foi o autor. A surpresa durou até meio da 2ª parte, quando a Rep. Checa empatou através de Baros após uma excelente jogada do dinâmico Poborsky. Com este golo, os letões perderam o seu rigor defensivo e, sem surpresa, Heinz marcou o golo da vitória a 10 minutos do final. No final, fico com a ideia que esta Letónia é uma equipa muito bem trabalhada defensivamente com jogadores muito rápidos no ataque. Quanto ao meio-campo, não há um médio ofensivo, apenas médios de destruição. Talvez consigam um ponto nos seus 3 jogos e isso seria um bom prémio para esta equipa. Quanto aos checos, espero bem mais deles do que mostraram neste jogo.

domingo, junho 13, 2004



França 2 - 1 Inglaterra

O primeiro grande espectáculo do Europeu foi-nos oferecido hoje com a antecipada 'final' entre Inglaterra e França. O jogo foi chato na primeira parte (que eu não pude ver mas que me foi resumido nessa palavra), apenas abalado pelo golo de Lampard. Um golo contra a corrente de jogo e que perturbou o ataque dos 'bleus', transmitindo confiança à remendada defesa inglesa. Um tal de King a central demonstrou esses remendos e a verdade é que até esteve muito bem.
Depois surgiu a segunda parte e com ela o momento chave do jogo: o penalty sobre o puto Rooney. A popstar Bechkam encarregou-se da marcação do penalty e não o converteu, tendo Barthez defendido espectacularmente o remate de Becks. Aí viu-se uma diferença de inspiração entre o redes francês e o português. O que veio a seguir foi de loucos. Zidane marcou o golo de empate no minuto 90 depois de uma execução perfeita de um livre directo, e, passado 2 minutos, marcou o penalty vitorioso castigando falta sobre Henry (depois de um passe infantil de Gerrard). Quando a equipa dos galos mais precisa aparece sempre alguém e esta é a principal diferença entre os franceses e os portugueses. Foi assim em 1984, em 1998, em 2000 e agora em 2004. Se Deus agora é francês, então devíamos ter naturalizado o Pires em vez do Deco..eheh

sexta-feira, junho 11, 2004

Eleições Europeias

Ainda sobre a cegueira futebolística que referi no artigo de 28 de Maio, o João elaborou um excelente artigo dando conta desse fenómeno. Leiam e reflictam.
Quanto a mim e apesar de ir trabalhar às 10 da manhã no Domingo, também irei votar. Ainda não sei com precisão em quem, pois o candidato que me parecia mais coerente caiu numa tragédia que nos deixa sem palavras. Outro factor que me deixa indeciso é o facto desta campanha para as europeias ter sido pautada pela miséria do debate europeu, pois não vislumbrei qualquer troca de argumentos que não tivesse como base o estado da politica portuguesa. Talvez como no futebol, a visão política dos portugueses para a Europa ainda está na fase do kick and rush.

segunda-feira, junho 07, 2004

Qualquer dia ponho um post decente por aqui. Por enquanto só arranjo tempo para escrever estas curtas linhas.

sexta-feira, maio 28, 2004

Depois de 1987, o FC Porto ergueu de novo o troféu mais importante de clubes a nível europeu. Portugal alegrou-se, a comunicação social focou-se e o povo ficou ainda mais cego.

sábado, maio 22, 2004

Já repararam numa coisa: quem menos "palas nos olhos" parece apresentar, mais acérrimo defensor de certos ideais se torna. Assim, transforma-se numa fonte de discórdia e fanatismo por certas pessoas e ideologias, descurando o estudo das outras realidades. Pior do que se tivesse palas nos olhos, fica cego. Broncos da sociedade ou não, o certo é que se torna díficil ter conversas com essas pessoas.

terça-feira, maio 11, 2004

Mudaram a configuração do blogger. Oxalá isto não traga mudanças negativas, embora eu tenha um palpite que tal vai acontecer.

Quanto à minha vidinha, basicamente tenho andado numa de afterthoughts constantes o que resulta, invariavelmente, em retratos pessoais algo cruéis. Enfim, deve ser do pólen...

quinta-feira, abril 29, 2004

Translatio emperii, translatio studii do homem no mundo comtemporâneo

Aproveitando o saber adquirido durantes as aulas, sorri e dei por mim em afterthoughts sobre a matéria apreendida nas aulas de matrizes. E escrevi isto:

O transporte de elementos identificadores do velho continente para o Estados Unidos da América após a sua independência é o motivo mais recente de translatio imperii, translatio studii. Tal como o império romano deslocou elementos helenísticos para o seu território, também a estátua da liberdade oferecida pelos franceses, a língua inglesa e o obelisco na capital Washington são (porventura sem os próprios americanos o notarem) sinónimos de deslocação do poder político e porque não?, do poder ideológico e cultural. Hoje o grande império que se expande até ao médio oriente tal como Alexandre e Augusto o fizeram é o império dos EUA. Aliado a este fenómeno histórico assistimos também ao bom dispêndio das politicas globalizantes, das indecisões da política europeia que se atrasa dois passos cada vez que dá um e, obviamente, de factores históricos: o colonialismo despregado e ditatorial criou severas revoltas que culminaram com a morte de soldados europeus, criando isto uma crise etária, para além do esgotamento e mau emprego das matérias-primas trazidas das colónias. A corrupção do homem, o seu desejo bélico e os seus sonhos magnânimos acabaram por tornar as matérias-primas coloniais em nada. Construíram-se novos meios de comunicação como pontes e auto-estradas, modernizaram-se as cidades e no entanto, o comum cidadão continua pobre e sem ambições. É triste assistir nos dias de hoje a jovens com um potencial imenso a desejarem ser obscuros recepcionistas ou secretários de pequenas e médias empresas. Tal como os nossos pais emigraram para Lisboa e Porto à procura de trabalho para conseguirem uma vida no mínimo, estável, também nós lutamos actualmente pelo mesmo. Foi assim há 30 anos e é assim agora.
Mais do que nunca assistimos à deslocação em sentido inverso. Os obeliscos já não se situam na terra e apontam para o céu, são sim afiados e perfuradores da carne do povo. O clero/igreja continua envolto em mistérios de corrupção e o futebol assim como o lazer segue-lhe o caminho. O processo "apito dourado" é demonstrativo das estranhas ligações entre instituições e os dinheiros públicos. Hospitais, centros de saúde, escolas, faculdades e a totalidade dos serviços públicos estão envoltos num manto burocrático que nos corrói a paciência, a boa disposição e o tempo.
É assim o nosso tempo: lento em processos de valor perjorativo ao Estado e rápido em processos contra o cidadão do mundo, o cosmopolita que os gregos inventaram, os romanos aperfeiçoaram e os contemporâneos esbanjam em ócios relacionados com as suas necessidades básicas de sexo e violência.
Para mim existe hoje uma deslocação cultural e política herdada dos romanos e representada actualmente pelos EUA, que culminará num conflito à escala planetária (vicissitudes da globalização) com efeitos arrasadores que ninguém saberá. Mas não tenho dúvida alguma que esta é idade de ferro que Hesíodo falava, a ultima das idades, o ultimo dos porquês.

terça-feira, abril 20, 2004

Originalidade versus Imitação II

Sobre a minha questão do quão original era o ser humano nos presentes dias, acrescento agora um novo dado: a ansiedade de influência. Não fui eu que inventei este termo, mas sim Harold Bloom, célebre escritor norte-americano que apela ao combate das influências sobre o génio criativo. O que está implícito na obra feita e o porquê deste combate?
Este novo dado entra em conflito com a minha teoria sobre as novas criações, que podem ser puras e livres de qualquer influência. Eu questiono: porque existe a necessidade de revermos as obras numa outra obra de um outro autor? Não entendo esta torrente de influencialização sobre as novas criações. Estão a querer dizer-me que alguem isolado de todo o mundo globalizado e que lhe passe na cabeça pintar um quadro, será sempre alvo de atribuição de influência de pintor X ou Y ?!
Como referi no meu post anterior, o criador (e devido à nossa sociedade actual) será provavelmente louco e como tal, altamente influenciável pelo meio ambiente em que está envolvido e devido a isso a questão de ter ido "beber sumo" a um qualquer autor soa-me como absurda. Tal como Dalí inovou (e revolucionou), também esse louco estará a criar algo novo, sem qualquer ansiedade de influências para além do próprio meio ambiente em que está inserido.
Mais um pequeno ponto sobre a discussão entre o original e o influenciado.

domingo, abril 18, 2004

O animal de estimação

Interessante o sentido das palavras. O animal que estimamos. Tão simples como isso. Mas não, o homem tem a mania de complicar o que é fácil e torna as criaturas em animais de companhia, de caça, de criação, entre outros.
Digo isto como referência ao gato do Lder, que está nas últimas mas que ainda há de chegar ao aniversário dele. Parece-me que é um bom exemplo de animal de estimação, pese a natural reserva que os gatos têm por humanos. O gato do JP também é interessante, pois vai para além da indiferença para com os humanos e prefere agredi-los com as suas patadas que devido ao seu crescimento já não são muito mansinhas, antes pelo contrário.

Li há pouco tempo que as crianças que têm contacto constante com animais têm tendência para criar anticorpos contra as alergias. É estranho que muitos pais afastem as crianças dos animais e eles afinal sejam benéficos à saúde dos pequenos seres. Quando li a notícia pela primeira vez até achei piada, mas depois reparei no meu caso e vi que provavelmente o artigo tem uma boa dose de verdade. Eu fui criado com uma gata muito meiga até aos meus 10 anos sensivelmente e a realidade é que não tenho alergias a nada que me lembre. Ao pó que é natural que nos faça alergia, a mim faz-me espirrar uma vez ou outra, mas nada mais que isso. Nada de borbulhas, comichões ou dores de cabeça provocados por alergias. Em contrapartida eu e o Sol não nos damos lá muito bem, mas isso é outra história.

sexta-feira, abril 16, 2004

No subject II

Estava com intenções de escrever algo nesta zona, mas agora que surjo pronto a teclar algo, ecoam as ideias ao longe. Vou-me ficar pelo cafézinho e deixar mais algum espaço virtual em branco.

terça-feira, abril 13, 2004

No subject

Parece que anda uma crise de ideias aí pela blogosfera.

segunda-feira, abril 12, 2004

"Blogosfera fight"

Round 1

Não sabia que isto para além de intrumento pouco útil de crítica, agora também servia para guerra que extravasa o opinativa atitude de quem aqui escreve. Os blogs viraram arma de arremesso contra a prepotência e arrogância de certos pensamentos. A opção dos comentários demonstra isso mesmo: venham criticar-me, venham falar mal para que eu possa ter um pretexto que me leve além da formal discussão.

Round 2

O intuito do blog é escrevermos arte e não usarmos do nosso rico léxico para insultar (in)directamente os outros. Há muito blog que se limita, e bem, a escrever um pensamento, uma opinião sobre determinada situação, momento ou pessoa. O meu blog pretende ser apenas isto. Se me insultarem do outro lado da blogosfera eu não irei assinar uma declaração de guerra, antes tentarei falar abertamente com essa pessoa sem necessidade de praça pública, como se isto fosse um coliseu com cartazes apelando à violência gratuita nas palavras dos seus participantes.

Round 3 - Final Round

Não é esse o meu espírito, desculpem lá se incomodo alguma alma carente de pacifismo. Eu só quero revelar certas partes da minha vida, certas reflexões sobre determinado assunto, para que conheçam um pouco mais da minha pessoa e dos meus próximos.

Nota: Este post surge como alusão à guerra verbal e desnecessária em que encontrei envolvido o meu colega João.

sexta-feira, abril 09, 2004

Trance

O trance é sem dúvida um tipo de som diferente de tudo o resto. A fusão entre batidas fortes e bem marcadas com efeitos mirabolantes que nos sugerem tão variadas visões e ideias é fabulosa. Não é um estado de transe mas provoca alguma abstracção do mundo se sentirmos a música a entrar dentro do nosso corpo.
Uma das curiosidades do trance é o facto de ser poder ser tanto dançável como reflexivo. Podemos agitar o nosso corpo ao som dos suas melodias bem delineadas e também podemos entrar num estado de viagem até algum sítio imaginário que a música eventualmente nos transporte. A mensagem do trance está nisso mesmo e por vezes é mais fácil criticar do que dar mérito aos seus autores.
Tal como muita gente deste país tenho que associar o trance às drogas. Mas não tomo a minoria pelo todo. É verdade que se fazem festas com o intuito de diversão e algo mais que isso, mas muita gente vai lá por curiosidade ou por convívio. Mas enfim, se quiserem saber algo mais sigam para esta página. Eu aprovo os gostos musicais deste meu vizinho pela totalidade (excepto Evanescence).

quinta-feira, abril 08, 2004

Descontextualizado:

- Não ando a ler nada de útil para a faculdade. Ver se a maré muda e deixar de lado alguns textos quentes...muito ambíguos para esta fase.

- Quero ir ver a "Paixão de Cristo" do Mel Gibson. Acho estranho as classificações que os cinéfilos fazem para os jornais: filme a evitar ou obra-prima. Decidam-se.

- Ando a ouvir o Death Cult Armageddon de Dimmu Borgir que já passou de moda. Agora é a vez dos novos albuns de Disturbed e My Dying Bride, projectados para a extracção em bruto pelos seus aficcionados pupilos.

terça-feira, abril 06, 2004

O futebol é uma caixinha de surpresas...

...e nem o facto de se possuir as maiores estrelas do futebol mundial garante títulos. O que aconteceu hoje ao Real Madrid foi uma clara demonstração que o futebol é um jogo colectivo e só depois é um jogo de individualidades.
O Monaco foi uma equipa aguerrida e lutadora, muito bem explanada e com cada jogador a saber quais as suas funções em campo. A única maneira de eliminar uma equipa como o Real Madrid é simplesmente ser-se mais equipa, possuíndo os jogadores unidos dentro e fora das quatro linhas. Não foi apenas azar o que aconteceu aos "galácticos", foi também a prova final de erros acumulados logo no ínicio da época. A pre-época na Asia com vista primeiro ao lucro e só depois à preparação dos jogadores foi só o primeiro índicio. Um outro foi o claro desiquilíbrio no plantel, com a já afamada falta de um central de méritos reconhecidos e de um médio defensivo à altura do agora londrino Makelélé. Não foi ao acaso que Carlos Queiroz disse que a "cantera madrileña" deveria estar ao nível das grandes escolas de formação, como as do Ajax, Auxerre ou Sporting. Depois deste falhanço, percebo agora que Queiroz disse isto como crítica ao director desportivo (Valdano): se não se podem contratar jogadores então só resta ir buscá-los ao próprio clube, e se o clube não oferece jovens com garantias como pode ele aspirar a grandes conquistas?
Pior que tudo, Queiroz é o primeiro a ser "apedrejado", por culpa própria, pois se os jogadores falham ele é o primeiro a dizer-se responsável pelas derrotas. Erradamente quanto a mim.
Quanto a Figo, fico com pena por ele, pois ele trabalha primeiro para a equipa e só depois para si mesmo. Ele é (e sempre foi) o primeiro a remar contra a maré, o primeiro a esboçar a reacção quando tudo parece perdido. Por isso aquele golo contra Inglaterra será sempre o melhor golo da sua carreira - é o golo que caracteriza a "raça" de Figo. Por isso, fico triste pelo Figo e também por Casillas, pois hoje eles não mereciam ser derrotados naquele estádio.

No outro jogo, parece que os milhões do russo Abramovich sempre estão a dar resultado. A outrora moribunda equipa do Chelsea, que lutava pelos postos de acesso às competições europeias é hoje uma grande equipa europeia , tendo vencido hoje o rival arsenal e internamente, está no 2º lugar do campeonato. Impulsionada pelos investimentos avultados e bem aplicados do milionário russo, a equipa de Ranieri está em boa forma, e as grandes estrelas jogam bastante para a equipa.
Mais do que comprar grandes estrelas só pelo nome, o Chelsea comprou bem e reforçou a equipa com jogadores de créditos firmados no futebol europeu como Crespo, Mutu ou Makelélé e com boas esperanças como Bridge (hoje decisivo). Para a próxima época está assegurada a contratação de mais uma esperança, Robben de seu nome.

Com um nome parecido e que muito me tem surpreendido, tem sido o jogador Rothen, do Monaco. Com um pé esquerdo a fazer lembrar Drulovic, este será provavelmente um jogador fascinante a curto/médio prazo.


segunda-feira, abril 05, 2004

Originalidade versus Imitação

É uma questão interessante de ser abordada. Ontem em mais uma das minhas incursões pela noite barreirense surgiu essa discussão. É mesmo díficil ser-se original nos dias que correm. E quanto mais nos aplicamos para ser originais, pior se torna. Acho que original é aquele que nem dá por isso, que faz as coisas sempre com um propósito de ajudar em alguma coisa, remodelar algo, instruir alguém através da criação. Agora criar só para ser original...parece-me dificil que essa pessoa consiga fazer algo diferente de tudo o que já foi feito. A impossibilidade de tal tarefa começa logo no plano, pois segundo essa pessoa, o original terá de ter uma base em algo já orquestrado.
Para mim, a originalidade surge quando menos esperamos e depois de alcançada agarramo-nos tanto à nossa obra de arte de dificilemente compartilhamos com os outros. Não é uma questão de egoísmo, é apenas o receio de que ninguém compreenda a mensagem do que acabámos de criar.
Por isso os verdadeiros artistas são loucos, vivem desesperados por terem a sua vida revelada a todo o mundo e pior que tudo, ninguém compreende o que querem transmitir.
O auge de toda esta problemática é definir o que é original e o que é imitação. Não me debrucarei muito sobre este assunto, esta foi apenas uma opinião geral sobre a questão. Vou deixar as grandes discussões sobre isto para depois...pode ser que encontre algum artista realmente original até lá.

E já que falamos em arte, e porque este blog também é frequentado por alguns colegas da Faculdade de Letras, deixo aqui alguns trabalhos do Pedro Sousa.

sexta-feira, abril 02, 2004

A Seleçcão é de todos nós

Ou pelo menos já foi. Agora acho que é só do Scolari. Depois do descalabro no mundial coreano/japonês vi muita gente a pedir um treinador que impusesse disciplina nos jogadores portugueses e tiveram-no. Agora aguentem-se à bronca. Quanto a mim não era preciso ir buscar um "sargentão" para a selecção, pois o Major Valentim Loureiro também podia fazer isso. Os defensores da escolha de Scolari dizem que ele é campeão do mundo. Eu cá digo que o sistema táctico do Brasil que ele utilizou era ridículo e foi apenas através de favorecimento das arbitragens que o Brasil chegou à final. A haver um vencedor que tivesse sido a Alemanha, que apesar de não ter efectuado grandes exibições ao menos não precisou da ajuda dos árbitros para chegar à final. Aliás, esse mundial foi quase tão mau como o Itália 90, pois das quatro equipas presentes nas meias-finais, duas delas foram fortemente beneficiadas pelos árbitros (Brasil e Coreia do Sul).
Mas estou a afastar-me da questão Scolari. A verdade é que ele não liga nada se o povo quer jogador X ou Y na equipa. A equipa é dele e pronto. Logo, e como jogamo em casa, o mínimo que podemos pedir é a vitória. Infelizmente acho que isto vai correr mal e nem aos quarto-de-final chegamos. Tou apenas a ser pessimista (característica de qualquer luso que se preze), e tenho muitos motivos para pensar assim: a seleccão não joga nada e não mostra a atitude que o treinador pede. E se não mostra de quem é a culpa? Do treinador obviamente, pois não consegue incutir à equipa essa mesma atitude.
De qualquer maneira, espero que corra tudo bem a Portugal no Europeu de futebol e como está na moda fazer selecções, eu cá também faço a minha:
Ricardo; Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Jorge Andrade e Nuno Valente; Costinha, Maniche, Figo, Rui Costa e Simão; Pauleta
Claro que não me serve de muito se tiver estes jogadores a correrem sem grande empenhamento, por isso o melhor mesmo é o meninos da selecção treinarem bem a atitude, que isso é que faz falta.

domingo, março 28, 2004

Os cegos não podem ter um Deja Vu

Não me apetece falar de nada, apenas sinto o desejo de escrever aqui, à espera que assunto apareça, corrigindo o que escrevo...enfim, passando algum tempo a testar a minha prática com os dedos no teclado. Por falar nisso, gostava de saber quanto músculos utilizamos quando escrevemos num teclado. Será que são mais do que quando estamos a escrever numa folha? Provavelmente são. Já agora, creio que a utilização dos teclados ao invés da escrita deverá influenciar o nosso desenvolvimento futuramente: tal como o polegar se afastou gradualmente do resto dos dedos, também alguma (de)formação irá existir no futuro. Isto se não acabarem com o mundo primeiro. O mundo em que todos nós vivemos, usamos as nossas capacidades de raciocínio básicas e complexas, em que forçamos o físico muitas vezes além do recomendado. O mundo que continua em rotação e em órbita constante e que nós, na insignificância do nosso ser, dizemos muitas vezes que é uma merda. Interessantes, no mínimo, estas afirmações. Acho que não devia ter escrito uma asneira agora. Estraguei o post, agora já toda a gente vai dizer que sou mal-educado e que não tenho respeito por ninguém. Mas não fazem de propósito, é uma questão de subconsciente. Uma pessoa que tenha umas teorias bem argumentadas mas que se explane dizendo milhares de asneiras não tem crédito. Por muito que gostemos dessa pessoa, o nosso subconsciente diz-nos que essa pessoa não presta. É como o Deja Vu. Não sabemos porque é assim, a verdade é que acontecem. Dizem que é um atraso da memória visual para com a memória instalada no nosso cérebro. E dizem também que acontece a quem passa muitas horas frente a um computador. Partindo desta teoria, os cegos não podem ter um Deja Vu: Fixe, consegui ter acesso a uma informação extremamente válida para o meu futuro. Aliás, vou até colocar como título isso. Claro que as pessoas que lêem "os cegos não podem ter um Deja Vu" ficam logo atraídos pelo que vou escrever, apesar de só estar a dizer merda irrelevante. Disse merda outra vez. E outra vez. É um ciclo, e é também das palavras que fazem parte do vocabulário activo da maior parte dos portugueses. Alguns politicos preferem dizer "palerma", expressão tão usual como "cretino" ou "idiota". Os politicos nunca chamam "estúpido" uns aos outros porque, diz-se por aí, tem um sentido altamente perjurativo. E como toda a gente lhes liga, eles não podem dar maus exemplos. Por isso é que já vi colegas a serem expulsos da aula porque chamaram estúpido a não sei quem. Se tivessem chamado palerma provavelmente poderiam ter continuado na aula....

...ou não!
Os suburbios das grandes cidades são mesmo o local mais pseudo e mais mitra que existem. É interessante como se pode ver tudo e não se ver nada no mesmo momento.

sexta-feira, março 26, 2004

Bora lá actualizar isto:

O Benfica foi eliminado pelo Inter porque não tem defesa, não faço a barba há uma semana, ando a ouvir o piano concerto nº 20 de Mozart em Ré menor, há umas pizzas do Lidl que são óptimas no forno e tenho que ler qualquer coisa útil.

segunda-feira, março 22, 2004

Isto faz lembrar as missões dos jogos de estratégia:

"Your spiritual guide was fulminated by mercenaries connected with the Israel government. Your mission is to bomb Israel targets as retaliation act. You need to kill, at least, 20 enemies or destroy 2 vehicles. Good luck!"

sábado, março 20, 2004

Inveja escocesa

Em declarações a um jornal britânico, Martin O´Neill, treinador do Celtic Glasgow (clube que muito admiro) disse que ia rezar para que o Olympique Lyonnais eliminasse o FC Porto na Liga dos Campeões. Acrescentando, O'Neill afirma também que Mourinho é um "fala-barato" enquanto critica as pretensas simulações dos jogadores portistas na final da Taça UEFA 2002/2003. Por estranho que pareça, eu até pensava que estes treinadores tinham posturas idênticas, pois ambos são arrogantes, lançam muitas "postas" aos adversários e apresentam resultados fantásticos. Dos méritos de Mourinho todos os portugueses sabem, quanto aos de O'Neill, basta dizer que a nível escocês prepara-se para ganhar o campeonato e a Taça, enquanto continua em prova na Taça UEFA. Mas porque só fala agora o britânico quando já se passou tanto tempo? Partindo do pressuposto que ele não levou tantos meses para assimilar o que aconteceu em Sevilha, é fácil de adivinhar que há outras razões para estas críticas. Uma delas é o boato sobre a saída de Alex Ferguson do Manchester United. Um dos nomes mais bem posicionados para lhe suceder é, imagine-se, Martin O´Neill! E nada melhor do que repetir as palavras de Sir Alex Ferguson sobre as simulações dos jogadores portistas para cair no goto dos adeptos ingleses, mais propriamente, dos adeptos do Man Utd. Nesta história toda fico apenas com pena do Celtic, que vê o seu grande nome envolvido numa disputa de interesses. Saiba-se também que os adeptos do Celtic na final de Sevilha portaram-se de uma maneira exemplar e inclusivé, respeitaram os festejos portugueses. Tomara eu que todos os adeptos portugueses fossem tão educados como os escoceses do Celtic.
Quanto a Mourinho, ele não deve ter dado muita importância ao caso, até porque ele não precisa de ser papagaio de ninguém para chegar a um grande clube europeu.

sexta-feira, março 19, 2004

Economistas

Que raça estranha a dos economistas. Que seres tão frios e apaixonados pelos números e pelo debate da globalização. Comparo-os a pequenos artesãos que se fecham em casa a construir uma nova invenção que apesar de não mudar o mundo, vai fazer deles ricos. Este alheamento do mundo é que lhes concede fazer declarações em época de reflexão política como "as aplicações Customer Relationship Management são outra área essencial que nos permitiu desenvolver soluções integradas e abrangentes de Enterprise Resource Management". Como se não chegasse, depois declaram que "Portugal é um país benchmark". O comum português ao saber isto e mais preocupado com os prováveis atentados terroristas do que com economia, pensa imediatamente que esta referência a Portugal, ainda mais com um termo técnico, só pode significar perigo eminente. E se o economista acrescentar "Portugal é seguramente um país a apostar", aí deve ser o pânico generalizado. Por isso é melhor que os pequenos artesãos fiquem mas é caladinhos e entretidos com a sua invenção em vez de usarem termos como flutuação de mercados ou ambiente standard porque isto já anda demasiado tenso para estes lados.

segunda-feira, março 15, 2004

O PSOE ganhou as eleições espanholas e José Zapatero (tem cara de ultra-corrupto) é o novo presidente. E depois? A merda já foi feita, isto agora são pormenores. E pior, não sei como ele conseguiu pôr tantos sonrisas quando ganhou as eleições, estando a Espanha de luto. Essa imagem do presidente a rir após ter ganho as eleições é elucidativa do quanto os governantes se preocupam com o povo real, aquele que ainda sofre as consequências do 11-M.

sábado, março 13, 2004

O Sol levantar-se-á de novo, mas por quanto tempo?

Por muito que queira pensar sobre o assunto, não consigo decifrar a verdadeira motivação que leva a cometer-se atentados como o de 11 de Março de 2004. Al Qaeda, ETA ou qualquer outro fundamentalismo apenas me causa repugnância e estranheza pelo mundo em que habitamos. No principio deste mês questionava as crenças e explicações para os actos de pedofilia cometidos em Bruxelas em 1997, e após este ataque, mais mergulhado em confusão e constrangimento me sinto. Eu sei que no mundo não são tudo rosas e que a criminalidade nos grandes centros urbanos aumenta a cada dia, assim como as divisões políticas são cada vez mais e que as fanáticas facções religiosas se multiplicam pelos países de terceiro mundo e até nos países ditos desenvolvidos. O que continuo sem compreender é como pode o homem continuar a chacinar falsos inimigos, apenas porque eles não acreditam no mesmo que ele? Onde está o respeito pelas opiniões de outros, onde está o respeito que as inscrições antigas clamam?
Aparte estas interrogações por detrás da tragédia, há que não esquecer a verdadeira tragédia, as 1400 pessoas (entre mortos e feridos) que não puderam estar nas gigantescas manifestações de ontem. As 1400 vítimas de uma barbárie que nem os antigos bárbaros seriam capazes de cometer. As 1400 almas que sem saberem como e porquê, viram-se envolvidas na luta que às élites pertence. É assim que a democracia dita leis. A nós (ao povo), cabe-nos esperar o melhor dos nossos governantes enquanto sofremos com os males que eles não conseguem pôr cobro. O que aconteceu no dia 11 de Março de 2004 é também um falhanço da Democracia, que nos faz pensar qual o estado político que lhe seguirá e como pode esse estado superar a Democracia, que ainda assim, considero a melhor escolha?
Questões a pensar, após uma tragédia de difícil esquecimento e que soa a alerta em vésperas de Europeu.

sexta-feira, março 12, 2004

Contra el terrorismo, el pueblo se unirá



Ocho millones de personas (más de dos, en Madrid) se han echado a la calle en toda España para mostrar su repulsa a los atentados de ayer en Madrid, que han causado 199 muertos y 1.463 heridos.

El Pais

quarta-feira, março 10, 2004

Ao poeta e à obra

É a história responsável pela imortalidade das figuras e dos factos. É a ela que devemos agradecer a maior parte das explicações do passado e, possivelmente, do futuro.
O poeta que passa à imortalidade é aquele que se insurge contra o tempo, não necessita dele para realizar a sua visão, pensamento, quiçá filosofia. É ao poeta que agradecemos a perspectiva histórica: de forma errada. Situar os poetas no tempo é um exercicio contra a humanidade. Muitos deles (poetas) reflectem nas suas palavras a inspiração do momento - prezo demais tais escritores, mas outros, instruídos pela revolta à sociedade em que viveram ou vivem, preferem atirar-se a ela, contribuíndo assim para o estudo histórico mas descontextualizando-se da real e eterna mensagem - a mensagem interior, a do ser humano, para sempre eterna.
Por isso, aos leitores de Fernando Pessoa é dada a escolha: amar ou odiar? Eu prefiro amar e odiar igualmente a sua obra. Nesta conta-se um índividuo angustiado, de óptima formação e educação, sofredor no mundo em que vivia. O imortal dos seus textos é a referência aos seus dissabores amorosos e problemas existenciais, é isto que define o carácter imortal da sua obra.
Qualquer tópico de relação histórica é um passo atrás na mente criativa de um poeta, são menos versos de intensidade humana, menos utopia, mais realidade.
Não é por isso que digo não à história. Ela é e será uma das principais fontes de estudo do comportamento humano, das massas e do mundo. Mas ela não tem emoção, é limitada nos sentimentos. Não a condeno por isso, porque não é a ela que cabe a expressão das sensações que nos fluem a vida. Ela deverá ser sim, categórica mas susceptível de mudança, tirana mas ouvinte de todos os relatos e documentos, solitária e dependente das outras ciências.
No entanto, a fronteira entre a mera mortalidade e plena imortalidade não se esgota na acreditação de quaisquer Deus(es), é sim um esforço que não retribuímos aos poetas, amantes das emoções e das palavras, e tristes pelo povo e pelo presente. Para melhor compreender como é o meu ideal de poeta, talvez seja melhor citar um dos tais:

Espírito que passas, quando o vento
Adormece no mar e surge a Lua,
Filho esquivo da noite que flutua,
Tu só entendes bem o meu tormento...


Antero de Quental

É assim através da luta pelo não envolvimento com o resto do mundo que o poeta perpetua a sua obra, não caíndo na exacta descrição dos seus olhos, não se tornando um historiador sofista.

terça-feira, março 09, 2004

Tanto futebol...

Pois é, o FC Porto fez uma exibição memorável no teatro dos sonhos (Old Trafford) e passou para a eliminatória seguinte da Liga dos Campeões. Do jogo há a destacar o golo de Costinha aos 89 minutos que garantiu a passagem. Um golo "à Costinha", fazendo lembrar o célebre golo frente à Roménia nos ultimos instantes da partida, a contar para o Europeu de 2000.
Já começou também o paleio barato: "o FCP está entre as 8 melhores equipas da Europa", "que venha o Real Madrid", etc...nada que não seja habitual, embora sinceramente, prefira ouvir falar os portistas em vez dos benfiquistas, já que estes últimos além de serem em maior número (começo a duvidar da teoria dos 6 milhões) são também mais chatos. Basta ganharem ao Sporting que saem logo todos à rua com os cachecóis e os barretes.
E por falar em futebol, hoje num conferência que decorreu na faculdade, salientou-se novamente o "espírito europeu" - essencial para traçar o bom caminho de uma Europa cada vez mais famigerada pelas suspeitas e falta de transparência. E relacionando o futebol e toda a disputa verbal, no campo e económica que assume na sociedade de hoje, não é dificil de adivinhar que o futebol é hoje um instrumento de patriotismo, nada benéfico à união da Europa e porventura, até prejudicial a esta.

segunda-feira, março 08, 2004

Sonho

Com o frio deste ultimos dias, apetece é enfiar-nos numa casinha ladeada de neve e de onde o fumo sai através de uma chaminé sempre fumegante, o que nos faz imaginar uma sala acolhedora, com umas cadeiras almofadadas e com uma lareira diante de um senhor que vai apreciando o seu belo cachimbo e pensando nas eventualidades da sua vida, que decerto não terá sido fácil. Em suma, quero uma casa destas. Na serra da Estrela, na Lapónia, em Andorra-la-vella, qualquer local montanhosa com neve serve.

Curiosidade

O meu irmão veio agora contar-me a sequência do marcador no Jogo Grasshoppers - Zürich. Então é assim: 0-2, de seguida a equipa da casa reduz para 1-2, os forasteiros adiantam-se novamente para 1-4, o Grasshoppers reduz novamente aos 2-4, de seguida o Zürich amplia ainda mais para 2-5, e neta altura ja pensavam que estava o jogo ganho, mas uma 2ª parte de luxo levou o resultado até aos...imagine-se....6-5!!! Jogo de loucos que faz lembrar os meus jogos de futebol ao fim-de-semana que terminam quase sempre em 10-8, 10-9 ou qualquer coisa assim parecida.
Adicionei um "moonphaser" ao blog. É tudo.

quinta-feira, março 04, 2004

Ran, os senhores da guerra

Eis o filme que hoje passava no canal holywood de manhã. Fiuei estupefacto uma vez mais com a qualidade deste filme realizado por Akira Kurusawa no ano de 1985. O melhor elogio que se pode dar é dizer que o Ultimo Samurai é ridículo comparado a este filme (com as devidas diferenças no argumento, claro está). Se já viram, ou possuem intenções de ver, recomendo vivamente. Atenção também à fotografia do filme: ambiente muito escuro quando necessário e extraordinária luminosidade nas cenas épicas.

terça-feira, março 02, 2004

E vivó velho!

E se um dia alguém desatar ao pontapé num estádio? É um jogo de futebol normal e praticado num honroso fair-play pensará qualquer um. Mas não! Das trevas recambolescas e burocráticas da pacata civilização de Marco de Canaveses surge o aventureiro Avelino Ferreira Torres, capaz de pôr cobro à falta de arruamentos e de produzir o pior exemplo que um autarca pode dar. Pelo meio insulta jornalistas, chamando-os de mentirosos e aldrabões. E na última das suas forças, consegue dizer que tudo o que fez repetiria sem mudar nada. No final apenas me ocorre a palavra "herói" para definir este senhor. O herói que o povo gostaria de tornar mártir, qual D. Sebastião do novo milénio.

segunda-feira, março 01, 2004

Triste sina

Mentes perversas não me chegam para convencer dos crimes cometidos. Muito menos no caso da pedofilia. A demência de tais actos não pode ser desculpada com nenhuma pena excepto a morte. A pena capital é o único meio de findar vidas desesperadas, instruídas à vingança, não olhando à raça, sexo ou idade do ser humano.
Na Bélgica iniciou-se hoje o julgamento de Dutroux, o principal suspeito de crimes de pedofilia ocorridos no ano de 1997 no mesmo país. Devido à leveza da justiça belga, o máximo que pode aspirar o suspeito é a prisão perpétua. Oxalá viva longos anos enclausurado entre as grades, que sofra apenas metade do que as crianças que violou sofreram.
Loubna Ben-Aissa era uma pequena rapariga que vivia feliz, na doce ingenuidade da infantilidade quando, um "homem" a espancou, violou e deixou-a a sofrer dentro de um baú até ela dar o seu último suspiro. Que género de crime cometeu esta criança para morrer assim? Que género de crimes praticaram as crianças que morrem diariamente à fome? Que crimes fizeram as crianças para serem baleadas sem piedade em conflitos que os mais velhos deveriam ter posto termo há muitos anos atrás?
Por muito que se reze a uma religião, por muitas lamentações que suspiremos, por muitas explicações que possamos dar, estas crianças morreram injustamente num mundo estúpido. É este o fenómeno da Humanidade? Passamos o tempo a mandar a sujidade para debaixo do tapete, até que um dia alguém decide levantar o tapete. Quando esse dia chegar, e porque o homem é um ser mesquinho e teimoso, entraremos novamente em guerra, a última que acabará decerto com este mundo. No fundo é capaz de ser o melhor, visto como diz o poeta: "o mundo é das crianças", e a partir do momento que elas não têm espaço para nele viver, o melhor é acabar definitivamente com ele.

domingo, fevereiro 29, 2004

Life is like a mystery
with many clues, but with few anwers
to tell us what it is that we can do to look
for messages that keep us from the truth


Há momentos assim...de clareza. O eterno Chuck Schuldiner deixou muitas mensagens, demasiado concretas e verdadeiras para ter deixado este mundo tão cedo.
Olhamos em volta e vemos o quê? Um mundo agitado, por todo o tipo de notícias, pela hipocrisia dos meios de comunicação, pelas multi-opiniões, quase todas vindas de fora e não saídas de dentro. Usar de opiniões dos outros para limitar a nossa é correcto até que ponto?

quarta-feira, fevereiro 25, 2004

Carnaval

Bemvindos à época da folia, dos trajes, das máscaras, do samba trazido do Brasil, das mulheres sem roupas trazidas do Brasil, dos reis do desfile trazidos do Brasil! Bemvindos à época mais pseudo-comemorativa do nosso povo! Consegue suplantar a Páscoa e o Natal e só por isso merece o nosso respeito. Neste ano o S. Pedro foi um tipo mais interessado nos seus afazeres que no tempo e lá mandou chuva para o fim-de-semana carnavalesco. Depois no dia de Carnaval lá alguém lhe disse que ele não era a Manuela Ferreira Leite para trabalhar toda a semana sem folga e ele resolveu dar umas benesses aos foliões portugueses. O Barreiro parecia o mercado da Ribeira. Tudo gente estranha a querer vender o seu produto (máscaras e trajes) a gente ainda mais estranha e disposta a gastar o seu parco dinheiro em confetis. Pois bem, comprassem antes Champomi que ao menos não estavam de garganta seca. Com os confetis devem fazer grande coisa...e além disso têm aquele cheiro característico do Carnaval que vos permite ter recordações desta triste época até à Páscoa!

segunda-feira, fevereiro 23, 2004

Now playing

Txi...já fazia um tempo que não vinha aqui escrever. É natural, visto ter estado nestes últimos dias a negociar um contrato com um habitante de Laos para a compra de terrenos em Marte. Achei-o uma pessoa de palavra e a documentação que esse senhor de nome Ming me mostrou, pareceu-me bastante interessante e acima de tudo válida. Claro que aceitei as condições propostas pelo respeitável Ming e assinei a escritura nos Açores. Achei muito simpático da parte do Sr. Ming ter-nos dado uma semana de férias nos Açores com tudo pago e apenas para que realizássemos a escritura. Tocou-me esse gesto. Assim lá assinei o contrato, confiando na palavra de Ming. Agora sou dono de uma cratera na zona oeste do planeta. Acho que foi um belo negócio. Ainda bem que o Ricardo falou-me nisto, assim pude investir em algo com futuro.

Fim de semana desportivo

Então não é que o Nacional tem o melhor ataque em casa e quer mesmo acabar o campeonato com esse estatuto?
O FC Porto cumpriu a sua obrigação e venceu por claros 3-0 o triste e desamparado Guimarães. O Nacional tinha que manter a distância neste particular campeonato e vai de marcar também 3 golos, e nada mais nada menos ao Benfica.
Um jogo emotivo, com Adriano a marcar mais 2 "buts" (leva 15 e é o melhor marcador da Sup€rLiga) e o Benfica a confirmar que aquela defesa mete água por tudo o que é canto.
O Sporting conseguiu não perder em Barcelos (!), mas também só trouxe um pontito. Resultado: encomenda das faixas por parte do FC Porto.
Segue-se a Liga dos Campeões e vamos lá comprovar se o Mourinho leva avante esta eliminatória. Tarefa extremamente árdua, mas se tal acontecer será tão festejado quanto a taça UEFA.

It's raining...

Pois é, andam aí uns temporais interessantes. Ontem vim de Lisboa para o Barreiro à 1.25h e ao meu lado para além dos nosso amigos africanos que frequentam o barco de todos nós, vinha também na companhia de uma série de raios que teimavam em ribombar a poucos kilómetros do barco. Vinha um bocado receoso, até porque a viagem ainda dura meia hora (é so até Abril...uff), mas no fim lá cheguei eu mais os meus amigos africanos ao terminal fluvial. Estava a chover "aos potes" (pouring rain -> ver letras de Symphony X) e o 3 ia cheio. Cheguei a casa molhado exteriormente e interiormente (tava uma beca bebâdo) e deitei-me num ápice. Hoje acordei com a minha mãe a refilar com qualquer coisa (situação normal) enquanto a persiana batia na calha como que uma metralhadora (situação anormal). Foi a tarde toda nisto, enquanto a mistura entre chuva e vento continuava incessante.
São duas da matina agora e a chuva continua forte. Apetece-me acabar de forma poética dizendo: esta chuva são lágrimas de uma natureza que chora a sua existência. Deixai-a chorar, pois enquanto ela chora nós humanos refrescamos as mentes perturbadas por uma sociedade em completa sobre-vivência.

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Amorphis - The Lost Name of God [J. Rechberger]

We have to know, we have to see
Religions so many, which one of them are so real,
That it makes us to believe ?
Crushing the chains of faith

To find the way of immortality,
We're hiding behind the cross
To find shelter,
we're searching for the name of god

In this maze of hatred
The name of god is lost

Under the flag of salvation
we are cleared this land of pagans
Under the cover of Christianity,
we stained our hands in blood

At these times of anguish
The name of God is lost

"I saw the coming of the end,
Sun stopped its shining,
Air is no longer fresh,
Then it was too late to realize,
that we can't breathe our hate."

The lost name of God


Simples e eficaz. Sem entrar em grande paleio e "cheirando" apenas o básico consegue dizer-se aquilo que todos nós pensamos ou eventualmente já pensámos. Quem me conhece sabe que eu não sou de grandes filosofias, embora goste de analisar todos os lados da questão. Nas letras das músicas e principalmente de bandas em ínicio de carreira (como os Amorphis o eram neste album datado de 1992) assistimos muito a essa vontade de querer mudar algo, de mostrar algo em que acreditam ou acreditaram em tempos.

terça-feira, fevereiro 10, 2004

Sindicalismos

Foi com grande entusiasmo que assisti a uma óptima notícia. Não para nós, porque somos muito pobrezinhos e não contestamos nada até ao momento em que se acabou tudo. A notícia vem sim do país vizinho, que numa clara demonstração de poder sindical, conseguiu que os seus bancários fossem aumentados em 2,75%, 0.15% acima da inflação real do país. Tem ainda mais força esta situação, porque não seguiram a inflação média da União Europeia (bem mais baixa) e sim a inflação do país. Em Portugal seguimos a média da UE. Como se não chegasse toda esta demonstração, os bancários espanhóis ficaram ainda com a garantia que as tabelas iriam ser actualizadas automaticamente até final de 2005. Ou seja, dois anos de paz para o sector bancário espanhol, em contraste com o nosso sindicalismo barato, em que Carvalho da Silva da CGTP foi reeleito (alguém sabia?) por quatro anos. Como uma das maiores forças sindicais a par da UGT, acho que deveria ser dada mais referência a quem discute e negoceia os nossos salários, aumentos, despedimentos, etc. Mas, como habitual, o português olha para a TV e diz "este é que é o chefe da CGTP?". Não nos ralamos com isso porque é só 1% do ordenado. "Só". Pena que muitos por cento dêem milhões para os novos ricos que aparecem bem vestidos na TV para dois dedos de conversa.

sábado, fevereiro 07, 2004

...walking at the gates of Schwarzalbenheim...

segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Rebaldaria em Guimarães

Com o Euro2004 aí à porta, os jogadores do Guimarães e do Boavista brindaram-nos com um espectáculo pleno de violência e de vergonha desportiva. Uma semana após a morte do avançado magiar Féher, os jogadores da nossa Superliga (de super não tem mesmo nada) trataram de homenegeá-lo da pior maneira possível. Foram cadeiras a voar, insultos bem audíveis pela TV e de uma linguagem triste para as pessoas envolvidas e a equipa que pior futebol pratica na nossa Liga : O Boavista. Torna-se ridículo assistir a jogos do Boavista, tal o anti-jogo e desrespeito pela arte futebolística que empregam. Apesar disso ostentam o 5º lugar na classificação.
Quanto ao Guimarães, acredito que recuperará, embora o tempo comece a escassear, e o treinador Jorge Jesus nõa me diga absolutamente nada.

segunda-feira, janeiro 26, 2004

Desapontado

Tou desapontado com o povo português. O sensacionalismo televisivo tomou outra vez conta da televisão pública de uma forma desmesurada e ultrapassando os valores familiares e religiosos. O que a TVI, a SIC e a própria RTP1 fizeram foi idiota e susceptível de correcção em situações futuras. O que eu vi hoje nos poucos minutos em que me liguei à TV para assistir ao cortejo fúnebre do malogrado futebolista Miklos Feher, foi isto: desrespeito pela família do jogador, que viu o funeral do seu filho ser transformado numa guerra de audiências, agravado com o facto da mesma família do jogador se ver envolvida nessa mesma guerra, quando a situação pedia um afastamento dos "media" e momentos de solidão entre a família e o falecido.
Como se não chegasse esta quebra dos valores familiares, vi também velas a serem afastadas de um lado para o outro como se fossem meras decorações de um caixão. Aquelas velas têm um simbolismo, não sabiam mentecaptos?
Por fim, não gostei de ver também os fotográfos em cima do grupo de jogadores unidos na morte do companheiro, desrespeitando essa mesma união, com o intuito básico de vender.

Audiências através dos sentimentos inerentes a uma morte? Já tinha visto de quase tudo em "reality shows", mas esta foi novidade para mim. Tirem-me deste filme!
Féher faleceu. Os meus sentimentos à família e amigos e que descanse em paz. Ele sofreu um tipo de morte que eu não quero ter. Nestas situações dou conta que não tenho medo da morte, tenho é medo de como ela possa ser.

domingo, janeiro 25, 2004

Estou no rescaldo da situação Fehér. Ainda não sei se sobreviverá ou não, apenas sei que fui um grande choque para mim e para o resto do pessoal que assistia á TV no café. Mas no meio de toda a confusão, e repito, sem conhecer o verdadiero estado de saúde do jogador, pude constantar alguns factos:

- A ambulância demorou dez minutos a entrar no relvado
- Os jogadores tiveram que retirar os obstáculos (painéis de publicidade, bandeirola de canto, etc)
- A primeira reanimação foi feita à volta de 5 minutos após o colapso do jogador.
- Se for um ataque cardiaco, o sangue é bombeado ao cérebro apenas nos primeiros 4 minutos. O resto do tempo resulta em danos cerebrais ou morte.
- O hospital é a 5 minutos de distância do Estádio. Em Leiria e Braga é bem mais longe.

Para finalizar, desejo as melhoras a Miklos Fehér.

quarta-feira, janeiro 21, 2004

Dia de extrema inutilidade.
12 horas a dormir devem chegar, acrescentando umas 8 horas a deambular pelo CM4 e por uns foruns esquisitos. Agora vou aproveitar a nocturna e beber um café para descongestionar a cabeça.

Tive a actualizar o site, tá com poucos conteúdos no índice. Vou esperar que me surja alguma ideia. Entretanto aconselho-vos a verem os caminhos obscuros dos dinamarqueses pequeninos.

terça-feira, janeiro 20, 2004

Anda tudo com um significado lindo! Tá naquela fase do querer bazar daqui, porque não tá lá quando preciso, porque a carreira é uma merda e porque não tenho guito. Tá tudo uma bela merda. Mas tou-me nas tintas pra isso, vou continuar naquela do "não se passa nada" e no final cai tudo de uma só vez.
Foda-se, hoje vi como sou parecido ao meu pai. De qualquer maneira sempre deu para me encostar um bocado à realidade e ver que isto tá mesmo tudo fudido.

Tá na hora de descer das nuvens cinzentas e procurar outro cantinho escuro.

segunda-feira, janeiro 19, 2004

Nova ronda de concertos no Espaço B, Barreiro.
Bleeding Display e Viingrid foram as bandas chamadas ao palco. Os Viingrid tocavam um black metal não muito original, mas que soou bem à audiência. Já os Bleeding Display encheram o palco e tocaram um death metal extremo, muito na onda de Cannibal Corpse. Para a semana é Inertia e certamente não irei ver.

Tá-me a doer a cabeça, vou mas é dormir

domingo, janeiro 11, 2004

Vou aproveitar enquanto o concerto está fresquinho: Fili Nigrantium Infernalium foi lindo!!!
O vocalista estava possuído pelo mal e pela vontade de dizer merda. A banda tocava um black metal algo retro com traços de Judas Priest (!). "Abadia" e "A Forca de Deus" são faixas de grande qualidade, onde as introduções hilariantes do vocalista fizeram o público rir à gargalhada e gozar com a banda (óbvio). Mas os Fili reservaram uma faixa especial para a noite. "Puta Infernal" de seu nome. Um Estrondo!

"Puta
Puta Infernal
Minha Irmã
Puta infernal"

Foi isto que percebi, se não é assim perdooem-me o erro, mas foi isto que entendi. Também têm que dar o desconto que aquela voz era um bocado imperceptível. De qualquer forma foi um concerto quase nota 20, onde os Fili Nigrantium Infernalium mostraram ser uns óptimos entertainers e mais uns metaleiros portugueses sem cura.

quinta-feira, janeiro 01, 2004

Bahaha! Ano de transição económica?! Claro, de transição dos nossos €uros para os bolsos deles! Duh.