terça-feira, abril 20, 2004

Originalidade versus Imitação II

Sobre a minha questão do quão original era o ser humano nos presentes dias, acrescento agora um novo dado: a ansiedade de influência. Não fui eu que inventei este termo, mas sim Harold Bloom, célebre escritor norte-americano que apela ao combate das influências sobre o génio criativo. O que está implícito na obra feita e o porquê deste combate?
Este novo dado entra em conflito com a minha teoria sobre as novas criações, que podem ser puras e livres de qualquer influência. Eu questiono: porque existe a necessidade de revermos as obras numa outra obra de um outro autor? Não entendo esta torrente de influencialização sobre as novas criações. Estão a querer dizer-me que alguem isolado de todo o mundo globalizado e que lhe passe na cabeça pintar um quadro, será sempre alvo de atribuição de influência de pintor X ou Y ?!
Como referi no meu post anterior, o criador (e devido à nossa sociedade actual) será provavelmente louco e como tal, altamente influenciável pelo meio ambiente em que está envolvido e devido a isso a questão de ter ido "beber sumo" a um qualquer autor soa-me como absurda. Tal como Dalí inovou (e revolucionou), também esse louco estará a criar algo novo, sem qualquer ansiedade de influências para além do próprio meio ambiente em que está inserido.
Mais um pequeno ponto sobre a discussão entre o original e o influenciado.

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