sexta-feira, setembro 28, 2007

A moda está de volta

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Viver ao pé de uma escola tem muito de negativo. Desde o som dos miúdos a gritar, aos toques de entrada para as aulas até à natural falta de paz. Contudo, também tem coisas positivas a reter, como a segurança acrescida, as "barracas" entre as vizinhas e os miúdos rebeldes e a observação constante das últimas modas. Focando-me nesta última, há algo que tem vindo a perturbar-me seriamente: a música. Claro que eu gosto de música, tal como a grande maioria da população, mas por outro lado, odeio que me dêem música. É isso que tem vindo a acontecer na mais recente moda da malta: dar música a quem não a quer ouvir.

Os aparelhos que a transmitem são pequenos, mas capazes de emanar música a níveis bastante altos, que por rebeldia, estão sempre nessa medida. Ora, ir num transporte público e um engraçadinho levar aquilo ligado e a dar-me música faz-me lembrar exactamente os jovens que levavam os rádios aos ombros para darem música a quem passava. Felizmente a década de 90 foi marcada pelo auriculares que não perturbam o restante mundo (mas que conduzem ao isolamento, como já ouvi alguém defender), mas como a moda é cíclica, lá temos que levar de novo com os rádios aos ombros, agora numa versão muito mais pequena, mas ainda assim chata.

Chamem-me conservador, mas a realidade é que faço o possível para não chatear os outros através dos meus gostos. Respeitar a paz dos outros é o melhor caminho para uma sociedade pacífica e essa parece ser a mensagem que tem custado passar aos jovens.

quinta-feira, setembro 27, 2007

Interrupção voluntária da entrevista

O que se passou na SIC Notícias é somente um escândalo para aqueles que ainda acreditam na boa fé das empresas. É certo que Pedro Santana Lopes estava avisado que podia ser interrompido a qualquer momento por um furo jornalístico, tal como está toda a gente que se submete a entrevistas em directo, no entanto, há muito que a noção de furo jornalístico se coaduna com a de lucro empresarial, ou televisivamente falando, ao aumento de audiências. Pedro Santana Lopes é, tal como muitos, um defensor da boa fé jornalística, na qual se inclui a noção de que uma entrevista não deve ser cortada abruptamente por causa da chegada ao aeroporto de um treinador desempregado. Infelizmente para ele, o caso tinha contornos bem diferentes se fosse numa estação paga pelos contribuintes. Não sendo esse o caso, o que se pode constatar é que Pedro Santana Lopes teve uma atitude digna como ser humano, assim como a SIC Notícias teve uma atitude digna de quem trabalha para o lucro. Como tal, é normal que daqui a uns tempos ele reapareça nos estúdios de Carnaxide para mais uma entrevista.
Quanto ao que é na verdade um furo jornalístico, isso é outra questão.

quinta-feira, setembro 20, 2007

Sobre a Saída de Mourinho do Chelsea

Depois dizem que os clubes portugueses são piores que estes. A única diferença é que na Inglaterra há dinheiro para comprar grandes jogadores, de resto a classe dirigente é a mesma podridão.
Despedir um treinador que nunca perdeu em casa, "deu" de novo um campeonato ao clube depois de 50 anos, repetiu o feito no ano seguinte e ganhou inúmeras taças e inúmeros clássicos, tudo porque não conseguiu ganhar 2 jogos numa semana.. é no mínimo escandaloso e revelador de falta de seriedade.
Agora o caminho do Chelsea deve ser sempre a afundar. Só Capello (não estou a ver mais ninguém a ir para lá) será capaz de tomar conta daquele balneário depois da saída de Mourinho. Isto porque José era mais que um treinador, era um amigo e um líder. Qualquer um que vá para lá, vai encontrar o caos: jogadores desmotivados, sem vontade de fazer o que sabem, perdidos no meio de tanta estrela e com os egos a entrar em disputa uns com os outros.
Da minha parte, tou-me nas tintas para o Chelsea. Ainda que continue a ter lá portugueses, eu seguia o Chelsea devido à presença de Mourinho, não devido ao clube, que aliás sempre me pareceu um clubezeco muito arrogante quando nem tem razões para isso.
Por fim, é também nestes momentos que se distinguem os clubes. Tratar um treinador campeão como o Chelsea tratou, nunca se verá num Liverpool ou Manchester United. Afinal, o Chelsea não passa de um clube com uma passagem fugaz pela fama e que não sabe lidar com ela.

Felicidades para Mourinho!
Tudo de mau para o Abramovich e companhia, pois pensam ainda que é o dinheiro que compra títulos!

sexta-feira, setembro 14, 2007

sexta-feira, setembro 07, 2007

Tal como nos encantou, que os anjos adorem igualmente a sua voz

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Os grandes mitos permanecem sempre na nossa memória. Embora esta seja habitualmente curta, duvido que chegue algum cantor capaz de o fazer esquecer. Luciano Pavarotti era único não só na voz, mas também na generosidade e na paixão. Nunca usou a dificuldade que passou na vida para chegar mais alto, sendo essa a maior lição que o tenor nos deixou.