segunda-feira, janeiro 26, 2004

Desapontado

Tou desapontado com o povo português. O sensacionalismo televisivo tomou outra vez conta da televisão pública de uma forma desmesurada e ultrapassando os valores familiares e religiosos. O que a TVI, a SIC e a própria RTP1 fizeram foi idiota e susceptível de correcção em situações futuras. O que eu vi hoje nos poucos minutos em que me liguei à TV para assistir ao cortejo fúnebre do malogrado futebolista Miklos Feher, foi isto: desrespeito pela família do jogador, que viu o funeral do seu filho ser transformado numa guerra de audiências, agravado com o facto da mesma família do jogador se ver envolvida nessa mesma guerra, quando a situação pedia um afastamento dos "media" e momentos de solidão entre a família e o falecido.
Como se não chegasse esta quebra dos valores familiares, vi também velas a serem afastadas de um lado para o outro como se fossem meras decorações de um caixão. Aquelas velas têm um simbolismo, não sabiam mentecaptos?
Por fim, não gostei de ver também os fotográfos em cima do grupo de jogadores unidos na morte do companheiro, desrespeitando essa mesma união, com o intuito básico de vender.

Audiências através dos sentimentos inerentes a uma morte? Já tinha visto de quase tudo em "reality shows", mas esta foi novidade para mim. Tirem-me deste filme!
Féher faleceu. Os meus sentimentos à família e amigos e que descanse em paz. Ele sofreu um tipo de morte que eu não quero ter. Nestas situações dou conta que não tenho medo da morte, tenho é medo de como ela possa ser.

domingo, janeiro 25, 2004

Estou no rescaldo da situação Fehér. Ainda não sei se sobreviverá ou não, apenas sei que fui um grande choque para mim e para o resto do pessoal que assistia á TV no café. Mas no meio de toda a confusão, e repito, sem conhecer o verdadiero estado de saúde do jogador, pude constantar alguns factos:

- A ambulância demorou dez minutos a entrar no relvado
- Os jogadores tiveram que retirar os obstáculos (painéis de publicidade, bandeirola de canto, etc)
- A primeira reanimação foi feita à volta de 5 minutos após o colapso do jogador.
- Se for um ataque cardiaco, o sangue é bombeado ao cérebro apenas nos primeiros 4 minutos. O resto do tempo resulta em danos cerebrais ou morte.
- O hospital é a 5 minutos de distância do Estádio. Em Leiria e Braga é bem mais longe.

Para finalizar, desejo as melhoras a Miklos Fehér.

quarta-feira, janeiro 21, 2004

Dia de extrema inutilidade.
12 horas a dormir devem chegar, acrescentando umas 8 horas a deambular pelo CM4 e por uns foruns esquisitos. Agora vou aproveitar a nocturna e beber um café para descongestionar a cabeça.

Tive a actualizar o site, tá com poucos conteúdos no índice. Vou esperar que me surja alguma ideia. Entretanto aconselho-vos a verem os caminhos obscuros dos dinamarqueses pequeninos.

terça-feira, janeiro 20, 2004

Anda tudo com um significado lindo! Tá naquela fase do querer bazar daqui, porque não tá lá quando preciso, porque a carreira é uma merda e porque não tenho guito. Tá tudo uma bela merda. Mas tou-me nas tintas pra isso, vou continuar naquela do "não se passa nada" e no final cai tudo de uma só vez.
Foda-se, hoje vi como sou parecido ao meu pai. De qualquer maneira sempre deu para me encostar um bocado à realidade e ver que isto tá mesmo tudo fudido.

Tá na hora de descer das nuvens cinzentas e procurar outro cantinho escuro.

segunda-feira, janeiro 19, 2004

Nova ronda de concertos no Espaço B, Barreiro.
Bleeding Display e Viingrid foram as bandas chamadas ao palco. Os Viingrid tocavam um black metal não muito original, mas que soou bem à audiência. Já os Bleeding Display encheram o palco e tocaram um death metal extremo, muito na onda de Cannibal Corpse. Para a semana é Inertia e certamente não irei ver.

Tá-me a doer a cabeça, vou mas é dormir

domingo, janeiro 11, 2004

Vou aproveitar enquanto o concerto está fresquinho: Fili Nigrantium Infernalium foi lindo!!!
O vocalista estava possuído pelo mal e pela vontade de dizer merda. A banda tocava um black metal algo retro com traços de Judas Priest (!). "Abadia" e "A Forca de Deus" são faixas de grande qualidade, onde as introduções hilariantes do vocalista fizeram o público rir à gargalhada e gozar com a banda (óbvio). Mas os Fili reservaram uma faixa especial para a noite. "Puta Infernal" de seu nome. Um Estrondo!

"Puta
Puta Infernal
Minha Irmã
Puta infernal"

Foi isto que percebi, se não é assim perdooem-me o erro, mas foi isto que entendi. Também têm que dar o desconto que aquela voz era um bocado imperceptível. De qualquer forma foi um concerto quase nota 20, onde os Fili Nigrantium Infernalium mostraram ser uns óptimos entertainers e mais uns metaleiros portugueses sem cura.

quinta-feira, janeiro 01, 2004

Bahaha! Ano de transição económica?! Claro, de transição dos nossos €uros para os bolsos deles! Duh.