quinta-feira, dezembro 28, 2006

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Paranoia:
suspicious of others until they have proven themselves trustworthy, more doubt than belief, preoccuppied with death and suffering, fears being harmed or controlled, bitter, looks for hidden meaning in things, personality is centered around low self esteem issues, feels misunderstood, thinks people would not like them if they really knew them, defensive, often experiences disgust, love-hate relationships with most things, likes to test people's loyalty, thinks life is overrated, focuses on suffering, feels like an outsider, existentially depressed, does not trust what people say, prone to shame, suffers from depression, knows the dark side of life very well, attracted to things associated with sadness, would rather remain alone than risk rejection, hard to get to know, makes enemies, loner

Artistic: drawn to artistic and cutting edge industries, drawn to careers where creativity is a solitary pursuit, more abstract than concrete, original, appreciates beauty, ideal love seeking, intense, imaginative, introspective, likes indie rock music, prone to an interest in acting, likes art house movies, self expressive, likes to look wierd, pulled to the symbolic and mysterious, likes to perform, prone to keeping a journal, attracted to the counter culture, interested in journalism, odd, trend setter, different, lives an experimental life, prefers shopping at organic markets, attracted to wierdness, more likely to be vegetarian, dislikes the ordinary and non dramatic, feels both special and defective

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Grande buraco

Há situações em que dá vontade de nos enterrarmos num buraco. Ora e se esse buraco fosse até ao outro lado do mundo, onde iríamos dar?

Eu cá ia dar aqui, algures no meio do Oceano Pacífico, junto à costa norte da Nova Zelândia.

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Vejam também aonde vão dar

sábado, novembro 11, 2006

Chegado mais um Outono...


... reparo que o vento está mais forte, o Sol mais quente, os amigos mais espicaçáveis, as crianças mais mimadas e os seus pais mais cansados.

Mesmo que tudo isto possa ser considerado fado, a verdade é que tal realidade aborrece-me. Quero que o vento não destrua casas, que o Sol não seja quente em Novembro, que os amigos olhem para a vida de forma mais despreocupada, que as crianças tenham alguma responsabildade (por mínima que ela seja) e que os seus pais descansem. Tudo isto pela nossa própria saúde.

domingo, outubro 15, 2006

Grandes portugueses

Vivendo num país onde grande parte das pessoas não sabe o que fez Nuno Álvares Pereira ou onde fica Aljubarrota, é de esperar que ao vencedor seja o Figo ou Champalimaud, grandes portugueses nas contas bancárias, enquanto a ONU revela que Portugal é dos países europeus que mais explora a mão-de-obra infantil. Está claro que é mais importante gastar fundos estatais para descobrir o grande português do que dar electricidade e esgotos a aldeias a quem a Revolução nada trouxe de novo a não ser o esquecimento. Se grande português houve, foi aquele que tentou distribuir a felicidade por todos nós e de igual modo. Quem foi ele? Para mim, ainda está por chegar.

[Comentário deixado no fórum da eleição dos grandes portugueses na rtp]

quinta-feira, setembro 28, 2006

Mais de mês e meio depois

Sinto a falta de actividade mental. O comodismo é a palavra d'ordem das últimas semanas, nas quais a minha utilidade tem sido posta em causa pela necessidade de um ano de trabalho mental que aí se avizinha. Por outras palavras, estou de férias corporais, ao passo que a mente anseia por outro tipo de actividade que não se resuma a videojogos, televisão e conversas de café. Este ano tenho ainda a faculdade (e espero que somente este), mas no futuro sinto que vou amolecer o intelecto de tal forma que talvez corra o risco de me associar definitivamente à política, a fim de maior carga cerebral. Ou de neuras constantes. A ver vamos...

terça-feira, agosto 15, 2006

Portugal, o país doente.

Portugal. Terra de sonho, com uma geografia incrível na qual paira um Sol fantástico durante largo período do ano, onde as reluzentes lezírias se conjugam com o verde da montanha e o amarelo da praia. A natureza deu a Portugal condições que muitos países, por grandes que sejam, podem apenas sonhar.

Contudo, Portugal possui uma doença. Incurável diz-se. Nada que admire no país onde a esperança morre à primeira e o pessimismo é rei. Infelizmente, neste país o que é bom não é reconhecido e o que é mau é destacado. Como isto acontece? Através da maior doença de Portugal: os portugueses.

Os portugueses são uma espécie estranha. Donos do seu nariz, respeitadores da história nacional e da genealogia que lhes convém, circulam insistentemente por este país, desgastando-o e tornando os países em volta nos maus da fita. Mesmo que pouco ou nada conheçam deles. No Portugal de hoje, ser anti-espanhol é ser mais português e isso é um mau passo para a internacionalização deste pequeno país. Pequeno porque o tornamos com as nossas acções e sobretudo, com o nosso pessimismo, no território mais pequenino e insignificante do planeta Terra. A cidadania em Portugal resume-se a falar mal dos outros, a maior parte das vezes sem mostrar uma pontinha de interesse pelo eles querem dizer, criando um ciclo desvantajoso económica e sobretudo socialmente.

É exactamente na parte social que se constata uma das maiores hipocrisias dos portugueses: capazes de receber de braços abertos quem nada percebe do nosso país - mas com a carteira recheada - e capazes de se manifestar contra o ingresso de milhares de imigrantes, que além da língua comum, possuem um gosto por Portugal que aqueles que aqui nasceram pouco ou nada nutrem.

Em síntese, a maior doença de Portugal são os portugueses, existindo porém um cura que passa pelo gostar de se ser português. Se o Deco, o Obikwelu e todos os imigrantes que viram em Portugal um país de oportunidades ajudarem a fomentar esse gosto, tanto melhor. Caminhar para trás e fechar-nos em nós mesmos é que não é o caminho. Pelo menos no panorama actual do mundo.

domingo, julho 23, 2006

Eu, eles

Antes tinha mais paciência para as pessoas. Hoje em dia já não aturo facilmente os enredos e novelas dos outros. Isto faz-me questionar: estou eu perante uma nova fase de crescimento ou simplesmente, tornei-me mais importante para mim mesmo? Se calhar ambos. De qualquer forma mudei e não sei se foi para melhor, pois já não costumo estar tão presente para os problemas dos outros como costumava estar e, devido a isso, sinto o afastamento das pessoas, seja este sob a forma de conversas rotineiras e desinteressantes, seja através de uma presença de circunstância.
No fundo, quero acreditar que não só eu mudei, como a maior parte dos que me rodeiam, encontrando eu e eles o caminho para a felicidade através de batalhas interiores, sofridas e dolorosas, deixando de lado a ajuda dos outros, pois se criámos os problemas, também temos que arcar a responsabilidade para os resolver sozinhos.

E isto tudo acontece num contexto em que as pessoas comunicam cada vez mais entre si, estão sempre contactáveis e ao mesmo tempo... distantes. Apenas mais um paradoxo de uma globalização que nos educa os sentimentos e nos transforma o ego.

sábado, julho 01, 2006

A língua portuguesa tem destas coisas...

"O que estoira a mioleira é a fazendeira sobranceira e interesseira que morava na Curraleira, onde todos os dias, à mesma maneira, punha a substância na chaleira, donde dava corpo um alta chiadeira quando fervida estava a caldeira. Já na Musgueira e reunida a família inteira, deu-se a explosão da lareira pois alguém se tinha esquecido da peneira, tendo-se ouvido a barulheira até na Barra Cheia. Infeliz o dia em que a velha fazendeira se lembrara de ir à prateleira, buscar a maldita chaleira que no final só deu asneira. Porém, e como cá na Beira, só se lamenta a cegueira, decidiu-se meter a mulher na eira, junto da égua rameira, onde se encontrava a costureira com o velho jardineiro em aventuras que só dariam trabalho à parteira, acabando a fazendeira a fazer de pau-de-cabeleira."

António, penúltima noite de Junho

quarta-feira, junho 21, 2006

Informações básicas sobre a Suécia que nos escapam diariamente
(porque temos mais que fazer do que pensar neste país)

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  • A Suécia está na Escandinávia
  • A capital da Suécia é Estocolmo.
  • O actual soberano é o Rei Carl XVI Gustav.
  • A Suécia é banhada pelo Báltico. O Báltico é um mar (poluído).
  • O Estreito de Kattegat separa a Suécia da Dinamarca. O nome Kattegat significa em neerlandês antigo a Brecha do Gato. Existe aqui uma clara conexão entre o Kattegat e o Hondgat (Cu do Cão).
  • Os registos arqueológicos mostram que a Suécia era povoada na Idade de Pedra por caçadores-recolectores que viviam sobretudo de peixe. Depois, nos séculos IX e X, vieram os vikings que se interessavam mais por carne, saques e guerra.
  • Por apenas 36 km² a Suécia não tem 450 mil km²
  • A densidade populacional da Suécia está nos 20 habitantes por km². Isto significa que temos de andar quilómetros para pedir arroz ao vizinho (isto nas áreas a Norte do país).
  • A moeda é a coroa sueca.
  • O hino nacional é de 1844 e é cantado sobretudo nos Mundiais de Curling.
  • A equipa de futebol é conhecida e conta com uma boa dupla de avançados: Larsson e Ibrahimovic. Vestem de amarelo e por vezes jogam melhor que o Brasil. Em termos de clubes, só o IFK de Gotemburgo merece ser referido.
  • A Suécia foi um dos primeiros países do Mundo em legalizar o cinema pornográfico.
  • Ingmar Bergman e Greta Garbo eram suecas e actrizes, mas não de cinema porno.
  • A nível musical, a Suécia é conhecida pelos Abba e mais recentemente pelos Cardigans. In Flames, Dark Tranquillity e Opeth são algumas das bandas de metal mais conhecidas.
  • O Castelo de Kalmar é um dos edíficios mais conhecidos da Suécia. É renascentista e baseado numa estrutura medieval.
  • A maior igreja sueca é a catedral de Uppsala, com 118,7 metros de altura
  • É dos países europeus com maior taxa de suícidio.

sexta-feira, junho 16, 2006

Editoras de Livros

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No meio de um final de ano stressante, eu, o Nuno e o Pedro resolvemos fazer um breve estudo sobre as editoras de livros, tendo chegado à conclusão que neste momento, a Assírio e Alvim é aquela que melhor qualidade de livros oferece. Em contrapartida, a Europa-América destaca-se pelo seu bom preço e fraca qualidade, enquanto a Quixote surge como uma opção viável para quem procura qualidade ao invés do preço. A Relógio D'Água oferece uma boa qualidade de livros e peca apenas na colagem dos livros.

segunda-feira, maio 29, 2006

Uma questão organizacional

Já repararam que os únicos organismos que funcionam bem em Portugal ou são privados ou são organizativamente antigos?

O porquê disto ser assim é simples, pois quando se cria algo novo no sector público, não se lhe atribuem competências nem responsabilidades. Foi assim que se decidiu fazer as coisas após o 25 de Abril e assim continua, para gáudio dos decoradores de siglas de Institutos e Departamentos. Por causa disto e naturalmente, os organismos - por não saberem quais os seus limites - decidem fazer bem menos do que aquilo que lhes estava destinado, isto para não entrarem em ruptura com outro organismo responsável na mesma área. É bem feito em termos organizacionais, mas mal feito em termos de satisfação do utente desse organismo.
Em suma, é por estas e por outras, que a culpa acaba por não ser da senhora que nos demora 3 horas a atender, embora isso não impeça que ela se torne no alvo favorito para o insulto. O que também é bem executado do ponto de vista da libertação da ira para com o nosso querido Portugal e seu mecanismo.

domingo, maio 14, 2006

Interrogação

As t-shirts quando são revestidas todas da mesma cor são adjectivadas de lisas, ao passo que basta-lhes ter uma figura ou qualquer tipo de adorno para deixarem de ser lisas.

Alguém me explica quem foi o brilhante linguista por detrás disto?

quinta-feira, maio 11, 2006

Ténis

Acho que durante a minha infância nunca mudei de ténis por estes deixarem de servir. Rompiam-se sempre todos a meio desse processo.

quarta-feira, abril 26, 2006

Noite

As noites são convidativas. A escuridão está no meu rumo inconsciente e por isso, não tenho qualquer tipo de controlo sobre ela. Nem quero ter... ou melhor, não tenho oportunidade para a controlar, pois esta atravessa-se diante mim diariamente. Depende tudo da forma como a encaro. Se preciso dela, nunca me chegará. Se a quiser viver, ela escapar-se-á. Se a ignorar, ela irá ter comigo. A noite é assim, como as mulheres, que se afastam quando as queremos e se aproximam quando o sinal vermelho já caiu. Talvez por isso o Inverno tenha especial fascínio sobre mim, ao contrário do tórrido Verão, que me desperta males que o corpo guardou durante a noite.

sábado, abril 22, 2006

Dizem que tenho boa vida

Porquê? Acham que não tenho responsabilidades?

Por incrível que pareça, tenho-as. Claro que a minha personalidade não reflecte isso, pois aparento calma e auto-controlo, não me gabando de ter 3 exames e 2 trabalhos na mesma semana, embora os tenha. Por outro lado, não gosto de deixar tudo para a última hora, pois isso tem resultado nefastos para quem quer acabar um curso. Por isso digo: boa vida têm aqueles que vão às finanças no último dia, que entregam os trabalhos depois do prazo e que se ralam pela comida no restaurante demorar muito tempo. No fim, é tudo ao contrário, eu é que tenho boa vida porque já resolvi as finanças, já entreguei o trabalho e fui mais cedo para o restaurante. Isto consegue-se perdendo noites a estudar e levantando-me mais cedo para tratar dos assuntos, ou seja, a boa vida é adjectivada para os que não a têm e é gabada por aqueles que a têm mas que passam a vida a dizer que são infelizes e que os outros é que vivem bem.

sexta-feira, abril 14, 2006

Férias: nada a acrescentar

As férias podem ter um efeito perturbador nas pessoas. Comigo acontece o seguinte: durante o tempo de aulas ou de trabalho sonho com o tempo em que vou ficar de férias, isto é, faço projectos e desenho uma agenda. Porém, quando chego a essas mesmas férias, realizo tudo o que projectei durante as aulas (ou no trabalho) em muito pouco tempo, restando-me assim a maior parte do tempo de férias para proceder a inutilidades como ir ao café, jogar e ver TV. Acho que o problema é definitivamente meu, falta é perceber se ele deve-se ao facto de fazer poucos projectos ou pelo contrário, se o problema está em fazer tudo em pouco tempo.

sexta-feira, abril 07, 2006

Comemoração

Este é o post 301, o que torna o post anterior no número 300.

Hurray!
Poder à palavra

Há certas coisas que adoro fazer na net. Uma delas é definitivamente cuscar. Não o nego, gosto de procurar informações respectivas a pessoas que conheço pessoalmente ou apenas pela net. Por vezes até de pessoas que não conheço. É por esta razão que gostava que todos tivessem um blog, onde fizessem as suas confidências e onde se percebesse quais os seus interesses e quais as suas amarguras ou felicidades. Claro está que através desta mesma confidência que vos faço, poderão vocês, caros leitores, aperceber-se que sites como o Hi5, o ICQ, o Orkut e o WAYN (entre muitos outros) são mundos que exploro devota e permanentemente. Pois bem, na realidade nem sou grande fã desses sitíos e raras são as vezes que os visito. Sinceramente gosto é dos blogs. Acho que num mundo onde grande parte da comunicação é hoje processada em bites, temos que dar o devido valor à palavra. É neste contexto que, mais que nunca, reconheço à palavra um enorme potencial nas interacções com outros seres humanos. Porque a imagem não é tudo, há que tentar perceber que mensagem querem as pessoas deixar para o mundo, não através do que vestem ou do que furam e tatuam, mas sim do que dizem ou escrevem.

PS: Quero fazer uma tatoo

sábado, abril 01, 2006

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Temperance
Giotto (1267-1337)

Temperance in the late medieval, was a crucial item to the noble's art, known as arete. Arete include quieter virtues, such as dikaiosyne (justice) and sophrosyne (self-restraint).

terça-feira, março 21, 2006

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Matters of the past are the same as a dream:
they will fade out in time and disappear someday

quinta-feira, março 16, 2006

Eu e a política

Ultimamente, tenho pensado muito em filiar-me num partido político português. É uma decisão que não vai contra príncipios pessoais, pois nunca defendi o apartidarismo, tal como nunca defendi a côr X ou Y. O que defendi até hoje, foi apenas justiça. Para mim e para os que me rodeiam no dia-a-dia. É por isso que considero a entrada para um partido político como positiva, isto é, de acordo com o curso superior em que me encontro e espero vir a concluir, uma filiação política seria altamente positiva para o futuro. Para o meu e para os que me rodeiam, pois usaria tudo o que me fosse possível e permitido para melhorar as suas condições.

Por outro lado, nunca vi o mundo político com bons olhos. É um mundo de uma verdade efémera, onde as ambições pessoais estão acima da vontade em mudar para melhor. Ao entrar para o mundo político pela ambição, estaria a tornar-me igual aos que lá andam ou esse é o primeiro passo para a beatificação política? Se fôr, compreendo melhor quando os analistas políticos dizem que o problema dos partidos está na sua base.

No fim acho que vou simplesmente ficar na mesma: atento ao fenómeno político, mas demasiado desgostoso com o mesmo para fazer parte dele.

terça-feira, março 14, 2006

segunda-feira, março 13, 2006

Hooligans

O que são afinal os hooligans? Desde arruaceiros a bebâdos, tudo serve para ilustrá-los. Ah, e têm que ser ingleses ou holandeses.

Sejamos sinceros, os hooligans existem em todo os clubes que arrastam atrás de si grandes massas de adeptos. Como qualquer grupo que fica maior, também no futebol, quanto maior for o grupo de adeptos, mais possibilidades existem que entre eles se encontrem deturpadores da ordem pública. O que não se admite é dizer-se que os hooligans são única e exclusivamente da Holanda ou do Reino Unido. Esta definição gratuita é fruto, em grande parte, da tragédia de Heysel que a Europa do futebol não esqueceu e condenou. Mas agora pergunto eu, não serão piores que hooligans aqueles que deturpam a verdade desportiva através de práticas ilícitas como a corrupção ou o doping? O Marselha de 1991, uma celebérrima equipa que maravilhou a Europa do futebol era, passado todos estes anos de acusações e de casos judiciais, uma equipa feita nas malhas criminosas e, por isso, tão má ou pior como os hooligans arruaceiros e destruidores de bares. Mas não, as condições do estádio belga em 1985, aquando a tragédia, não eram seguramente as melhores e, no entanto, foram os hooligans e a federação inglesa os condenados.

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Passado todo este tempo, ainda são os mesmos ingleses os hooligans, quando na realidade, são simplesmente os melhores adeptos que um clube pode ter. Por muito que isto custe à nossa mesquinha mentalidade, os cânticos que se fizeram ouvir em Liverpool no passado Liverpool - Benfica, são o que de melhor pode ter o futebol. Arrepia ouvir todo um estádio a cantar, intimida o adversário e contribui para um espectáculo que entretêm - afinal o grande objectivo do futebol actual. Pena é que os nossos mesquinhos dirigentes não vejam isso, apoiando e criticando as claques portugueses conforme a situação que melhor lhes serve. Também as claques portuguesas merecem respeito e como tal, também merecem ter limites. Que se saiba ver isso e que não se saiba só criticar, afinal, o grande vício dos portugueses.

Nota: Artigo também disponível no blog chuto-nos-queixos

sábado, março 04, 2006

Manias

Depois de ver o blog do Nelson, e como sei que ele passa por aqui algumas vezes, decidi também expôr aqui algumas manias minhas:

- Mania da indecisão. Quando penso que é aquilo, afinal será outra coisa. É uma mania irritante que me impede de fazer compras em pouco tempo.

- Mania de bolachas, tortas e outras colesterolices. Acho que a Dan Cake devia fazer uma estátua minha.

- Mania da discussão desportiva. Passo horas em sites de clubes, de diários desportivos, em fóruns, em discussões, etc.

- Mania de não lavar a loiça (mesmo que seja só um prato), o que se traduz em constantes ralhetes e sermões .

- Mania de não estender a toalha após o banho. A par da mania de lavar a loiça, esta também se traduz em ralhetes e sermões. A conjunção destas duas últimas manias no mesmo dia resulta em ira maternal :P

quarta-feira, março 01, 2006

L´ILE DE BLACK MOR

Início de tarde. Televisão ligada. Os programas rídiculos do costume nos principais canais generalistas (ou novelistas) portugueses, mas heis se não quando descubro na 2 um filme de animação. Comecei a ver, sem muita atenção, pensando que dali sairia mais um daqueles desenhos animados carregados de flashes, luzes berrantes e efeitos luminescentes que dão a entender que o objectivo máximo será provocar ataques epilépticos. Mas não. Surpreendemente, o filme L'Ile de Black Mor conseguiu captar a minha atenção e mais tarde o meu fascínio. Infantilmente ou não, recomendo muito este filme. Fica aqui a história breve do filme, segundo o site da 2:

"Em 1803, na costa da Cornualha, Kid, um rapazinho de quinze anos foge do orfanato onde vivia. Ele ignora o seu verdadeiro nome e tem como única riqueza um mapa de uma ilha de um tesouro, que tinha caído do livro de Black Mor, um pirata com quem Kid gostava de se parecer...
Na companhia de mais dois rapazes, Mac Gregor et La Ficelle, Kid arranja um barco e vai à procura da ilha, no outro lado do Atlântico. Mas... nada se passa como nos livros de piratas.
À procura da sua identidade, Kid é mais frágil do que parece e uma grande quantidade de aventuras esperam-no antes de chegar à ilha de Black Mor... "

terça-feira, fevereiro 28, 2006

Racismo e Futebol

Depois do jogador do Messina Zoro, foi a vez do camaronês Eto'o querer abandonar um campo de futebol por alegadamente ter sido alvo de insultos racistas. Pessoalmente e segundo a experiência que tenho em estádios de futebol, sei que os mesmos são locais de verdade pessoal e de descarregamento de frustrações.
Não devia ser assim, mas é essa a cruel realidade deste desporto, sobretudo nos países latinos, os quais são conhecidos pelo seu sangue quente e sempre pronto a explodir. Conviver no meio latino é pois, extremamente doloroso para quem não nasceu e não foi criado neste ambiente.

Infelizmente, os latinos defendem o seu patriotismo da mesma forma que defendem as suas emoções: a quente. Assim, não estranha os insultos para com os estrangeiros, sejam eles africanos, do Leste ou asiáticos. Por muito tempo que convivam com estes, a atitude latina será díficil de mudar. No entanto, acredito na mudança. Tal como devem acreditar os jogadores e os trabalhadores em território que também é seu. Devem acreditar que não é uma porção de indivíduos que detém a opinião da totalidade do país. Assim, da mesma forma que generalizo, deve-se também ter em conta que nem todos os latinos têm o sangue igual.

É preciso saber ultrapassar as adversidades e os muitos obstáculos que se atravessam no caminho, sabendo que se não conseguirmos nós mudar, teremos a certeza que fizemos o nosso melhor para que as gerações seguintes possam ser cada vez mais próximas no objectivo da paz e da aproximação entre os povos.

sábado, fevereiro 18, 2006

Eppur Si Muove

A guerra deve ser sempre um último recurso. Esta é uma das muitas filosofias que nos ensinam, mas que nunca se explicam. Hobbes dizia que a guerra nasce com o homem, que está no seu instinto. Eu, angustiado por notícias que abalam a minha fé na humanidade, deixo de acreditar seja no que for. Se a guerra nasce connosco ou não é de pouco interesse neste mundo, visto a paz não ser contagiante mas ao contrário, o estado de guerra semear aquilo que olhamos a cada esquina. O dinheiro podia ser um bem indiferente, mas nas mãos da guerra torna-se útil, torna-se na taxa de câmbio pela vida.

E enquanto isso, uma das últimas coisas que não se podem comprar - o tempo - passa ao nosso redor, deixado de lado, tal como a paz, pois a guerra é que faz a terra girar. Foi devido ao mal impregnado no dinheiro que Galileu acabou a sua vida de forma nada condecorosa para o que fez pela humanidade. Ele e tantos outros. Cada vez mais me convenço que se produz a guerra para dela tirar filosofias que nos ajudem a construir uma noção de progresso. É a crença disfarçada do pós-modernismo, que curiosamente diz que a guerra parou o progresso. Muito pelo contrário: a guerra é a engrenagem do progresso, é aquilo que permite ao mundo reflectir e no entanto, avançar. Avançar através da guerra. Onde se chegará? Obviamente, a lado nenhum, pois o mal como impulsionador do progresso é o mesmo que laranja podre como fonte do sumo de laranja.

Curiosamente, existe um prémio chamado Nobel da paz. É a guerra inevitável para que exista um prémio deste tipo? É este prémio um incentivo à guerra e consequentemente, ao progresso por detrás dela? Que interesses estão detrás da atribuição de um prémio que não dá gosto ver, pois envolve sempre a morte de seres humanos inocentes?

Tantas questões e no entanto, ela move-se.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Uma pequena amostra

MAGO DE OZ - En nombre de Dios

Si has perdido la fe
y has pactado con el mal,
pon tu alma en paz,
que de tu cuerpo yo me ocuparé.

A través del dolor
vencerás a Lucifer,
primero has de aceptar
que ser lesbiana es una enfermedad.

No omitas detalles, cuéntame
cómo os la montabais las dos,
y entonces yo te daré la absolución
desnuda en mi habitación.

Con la tortura obtendrás el perdón.
Acepta a Cristo y muere en nombre de Dios.
Muere en nombre de Dios!!!

Si quieres confesar
tu desviación moral,
que eres homosexual,
que entre tus piernas anda Satanás.

En el quemadero tú arderás.
El fuego purificará
todo pecado que tu cuerpo cometió.
La hoguera te hará a ti el amor.

Con la lujuria te condenarás.
Sólo nosotros follamos en nombre de Dios.

Si has perdido la fe
y has pactado con el mal,
por ser gay o bisexual
el Santo Oficio te exorcitará.

Con un auto de fe,
que aunque cruel es lo mejor,
para escarmiento de quien
no sigue la doctrina de la fe.

Pobreza, obediencia y castidad
es siempre obligado cumplir,
a no ser que seas Papa o seas Rey,
Obispo, o del Opus Dei.

Haz lo que diga, no lo que haga yo.
Tenemos dinero, poder, sexo en nombre de Dios.
Siempre en nombre de Dios!!!

Vendemos bulas,
compramos tus sueños.
Matamos en nombre de Dios



Uma pequena amostra de uma boa mistura entre música e letra. Como o álbum é recente não me admira que os espanhóis Mago de Oz tenham sido ensombrados pela negação cristã da Vinciana. No entanto, e influenciados por isso ou não, a letra consegue ter bastante conteúdo real, aplicável a grande parte do que vemos no nosso dia-a-dia. É estranho a igreja cristã negar os casamentos entre homosexuais quando à maior parte das pessoas que perguntamos essa questão nos responde "por mim podem-se casar, deviam ser livres de o fazer pois gostos não se discutem". Não sei se o objectivo da igreja cristã ainda é cortar com os (poucos) fantasmas do progresso e levar-nos de volta para uma nova idade média, onde era ela quem ditava leis e que executava quem não lhe servisse o propósito. A mesma igreja que hoje condena as execuções islâmicas é a mesma que mandou executar durante 2 milénios milhares de pessoas (ou serão milhões?). Contudo se esta igreja se soube redimir dos pecados cometidos, não será altura de abrir novamente os olhos para o que se passa actualmente no mundo? Não seria altura de tomar uma posição no conflito Europa-Islão?

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Sementes de uma guerra imparável

Cartoons. Simples cartoons despoletaram a nova onda de raiva islâmica pelo mundo. Inicialmente pensei que os cartoons fossem terrivelmente mal intencionados para com o culto de Maomé, mas depois de os ver senti um misto de choque e de perda: choque por no seu próprio país os editores de um jornal não terem direito a expressar a sua opinião e perda por ver radicais islâmicos aproveitarem os desenhos para iniciar uma discussão religiosa à escala global.
Contrariamente ao mundo islâmico, a Europa preza a sua liberdade de expressão, visto esta ter sido conseguida após a morte de milhões dos seus. A Europa faz mea culpa sempre que opina, mas a realidade é que assiste-lhe esse direito, isto é, quando algum europeu fala de um determinado grupo político tem consciência que está a tomar partido de uma opinião que lhe pode causar problemas visto o passado dos grandes grupos políticos europeus ser tudo menos condecoroso. A diferença principal resume-se aos problemas que essa opinião lhe pode causar.

No Islão a diferença de opinião é castigada severamente com chicote, pedras ou pena capital enquanto que na Europa a diferença é punida com uma discussão acesa mas íntegra, onde impera o argumento. Provavelmente esta diferença de conduta é proveniente da Idade Média, onde o método escolástico praticado na Europa se resumia a três fases: lectio, quaestio, disputatio.
Ler, questionar e disputar. Fórmula simples que ainda hoje aplicamos (basta lembrarmo-nos de como lemos as notícias do jornal) e ao que parece os radicas islamitas também. Então, onde está a diferença?
Infelizmente, a disputatio islâmica é levada ao extremo, servindo de argumento para iniciar guerras que aos olhos do mundo não tem sentido, enquanto ao europeu chega-lhe um troca de palavras para que todos se compreendam. Este "aos olhos do mundo" situa-se também no território islâmico, onde por muito que a opinião pública e a comunicação social queira distorcer a minha visão, não acredito que todos pactuem com atentados em nome de um Deus. Provavelmente existiam entre as vítimas fatais dos atentados em Nova Iorque, Londres, Bali, Madrid ou Nairobi alguns seguidores da religião de Maomé e eu pergunto-me se sempre estiveram as suas famílias de acordo com esses ataques que vitimam os crentes, se acharam que o seu Deus foi justo ao levá-los juntamente com os "infiéis".

Porém, a Europa continua a esgrimir a sua disputatio com os líderes radicais, enquanto estes vão pedindo insistentemente através de ataques sucessivos às capitais do Ocidente que a Europa use a disputatio árabe. Se por usarem as armas em vez das palavras eles estão mais próximos dos primatas que os europeus, então que os não-primatas resolvam a situação com as palavras. Há quem diga que uma chapada de vez em quando não faz mal nenhum, pois o castigo das palavras por vezes não chega e, posto isto, não será então altura do Ocidente dar uma chapada aos radicais islâmicos?

Enquanto os europeus não se decidem do que fazer, as embaixadas escandinavas no Médio Oriente vão sendo queimadas e destruídas, os líderes islâmicos vão oferecendo recompensas a quem achar o autor dos Cartoons, o presidente dos EUA continua a enriquecer o seu país e a economia chinesa vai caminhando triunfalmente, espantada com estas desavenças que não lhe dizem coisa alguma porque estranhamente, ninguém os procura para uma conversa. E no meio disto tudo, a Europa vai minguando passo a passo. É como disse o professor Luciano Amaral: "se uma civilização não gera os instintos necessários para sobreviver, é porque não merece sobreviver".

sábado, fevereiro 04, 2006

A febre de sexta à noite

Depois do clássico Saturday Night Live, heis que surge das entranhas da ilusão tuga o Euromilhões®.
Somos quem mais aposta nos países associados a esta lotaria e no entanto poucos jackpots atracaram nos mares lusitanos. Falta de sorte? A mim parece-me que é pior que isso, visto que se trata de uma incompreensão da sorte, de não sabermos quando ela está a nosso favor ou quando está contra. Isto não me admira, pois o povo português sempre foi dado ao sofrimento e qualquer coisa positiva que aconteça, por mínima que seja, dá-nos a ideia de estarmos numa maré de sorte. Provavelmente não lemos na nossa infância suficientes aventuras do Donald e do Gastão.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006


Mostrem os países que já visitaram

Como podem perceber, o meu panorama é algo triste: apenas 6 países e sempre no mesmo continente, o que corresponde a 2% dos países do mundo. Claro que também há muita gente que gostava de ter viajado pelo menos metade do que eu viajei, porém eu espero ainda viajar muito num futuro próximo.

domingo, janeiro 22, 2006

Coastwatch no Barreiro

O projecto "Coastwatch Europe", coordenado pela Irlanda desde 1988, pretende alertar para os principais problemas do litoral, através da sua observação directa, nomeadamente os que resultam da ocupação humana ao longo de várias gerações, intensificada nas últimas décadas.
Este projecto conta com a colaboração de cerca de 23 países europeus, incluindo Portugal e cobre anualmente cerca de 10 000 km de costa em toda a Europa.
Os seus principais objectivos são:
- Caracterizar anualmente a situação ambiental da faixa litoral,
- Sensibilizar as populações para a importância do litoral,
- Contribuir para a preservação dos sistemas litorais,
- Promover a Educação Ambiental e a prática da cidadania activa no seio da Comunidade Escolar e dos cidadãos na defesa da qualidade ambiental do litoral.
Centena e meia de pessoas marcaram presença no Coastwatch, iniciativa promovida pela Câmara Municipal do Barreiro (C.M.B.) – coordenadora Regional do Coastwatch Europe –, no Sábado, dia 14 de Janeiro.
Foram visitadas, para recolha de dados significativos da orla costeira do Concelho, as zonas de Alburrica, Palhais e Coina.
Um Plano de Pormenor sobre a zona de Alburrica é “para avançar já”, disse o Vereador da C.M.B., Bruno Vitorino. A sua realização contribui para a criação de uma visão estratégica porque Alburrica “faz parte da nossa memória”. Há mais acções concretas que serão desenvolvidas e que serão oportunamente divulgadas. A zona do Moinho de Maré – na Rua Miguel Pais, junto às Oficinas da Rodoviária – será a primeira a ser alvo de limpeza. A intervenção em Alburrica, reforçou, “é de primordial importância para que se devolva este espaço aos barreirenses.”

sábado, janeiro 21, 2006

Sonhos

Às vezes penso que está tudo sob controlo.
Um controlo absoluto e impossível de ser quebrado, pois a paz é imensa e tudo o que desejava está presente. Mesmo que essa presença seja um mero sonho, no entanto permanece vivo. A sobrevivência de um sonho leva-me a esquecê-lo por vezes, como se tivesse a certeza absoluta que terei a oportunidade para o realizar.

Mas o tempo passa. A infância já se passou, a adolescência está no caminho final e a idade adulta aproxima-se. Existem sonhos que não realizarei, que me passaram perto e que não segui. No entanto parece-me tudo controlado. Será assim até ao final? Um controlo em que me passam as oportunidades e eu não as seguro?

Se o sonho comanda a vida, porque ao sonhar eu me sinto perdido e no entanto, continua tudo sob controlo?

domingo, janeiro 15, 2006

Confronto directo

"Ele governou no tempo das vacas gordas e eu num tempo de muitas dificuldades"

Mário Soares

"Cavaco deixou o país numa situação favorável"

El País, citado por Cavaco Silva na sua campanha política

É bom saber que temos um candidato como o Dr. Cavaco Silva, que lê jornais estrangeiros e escreve biografias. Será que faz isto para colmatar a sua fraca (ou nula) formação humanista?
Mário Soares continua a dizer verdades, no entanto, ninguém o leva a sério. O episódio da agressão por parte do ex-combatente teve mais impacto do que a memória da carga policial sobre os que contestavam o aumento das personagens. Porquê?

Obviamente, os meios de informação estão a manipular esta campanha de uma forma francamente vísivel, mas curiosamente, ninguém refere esse facto. Quer dizer, Mário Soares refere, mas o próprio é abafado pela censura televisiva à sua campanha, que se tem vindo a registar. Se à SIC e à TVI rende mais que Cavaco Silva vença as eleições, isso para mim está muito bem. Mas que por favor, não digam que prestam serviço público. Embora dizimada por anos de baixa audiência e de maus governos, a RTP1 continua a prestar o melhor dos serviços para a população: o Telejornal é de longe o mais isento dos programas de informação e o Prós e Contras é algo que não existe em mais nenhum canal.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Crise

Estamos em crise. Todos o sabem, todos o sentem e todos o proclamam. Mas afinal que crise é esta? Uns dizem que é económica, outros afirmam que é política e outros deduzem que é social. Em que ficamos?

Pessoalmente, penso que tem de existir um único epicentro da crise. Ela não se difundiu de vários quadrantes, mas sim de um único ponto. E esse ponto é político. Os sucessivos maus governos que atravessaram o país nos últimos 15 anos são os únicos responsáveis. Claro está, o que de bom se passou desse tempo até agora, também é seu mérito. O problema reside apenas no seguinte: o que se fez de negativo suplanta em larga escala o que de positivo foi feito.

A Expo 98, o Euro2004 e os projectos inacabados ou mal concretizados, tudo isto não é fado, mas sim casos que necessitam ainda hoje de averiguações, graças aos buracos financeiros que provocaram. Houve desvios na Expo 98 e não foram encontrados responsáveis. Do Euro2004 ainda não se soube se rendeu os tais 900 e tal milhões de euros previstos. E os custos passaram os 300 milhões previstos inicialmente. Quanto aos projectos inacabados/mal concretizados, falo de quase tudo o que se faz em Portugal: reformas na educação, na saúde e na justiça que acabam, invariavelmente, por se traduzir em custos sobre os custos anteriores, criando assim um défice abismal.
Dar tempo ao tempo é uma política que um povo stressado como o português nunca conseguirá suster, a não ser através de uma subjugação do povo ao governo. E subjugado o povo também não gosta de ser. No final das contas, compreende-se afinal, porque é díficil (ou impossível) fazer verdadeira política em Portugal.

terça-feira, janeiro 10, 2006

"Portugal é um país atrasado e penso que Lisboa está 20 anos atrás de Moscovo. É uma aldeia grande onde as crianças não podem brincar na rua"

Karyaka para o jornal russo Sovietsky Sport

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Greve

A tripulação da Soflusa está hoje de greve. Para variar, convocaram-na para as horas de ponta (5h-9h e das 17h-20h), arruinando assim o dia a milhares de passageiros. E para este mês estão convocadas ainda mais duas greves!

Ou seja, estes indíviduos andam a brincar com que paga! Nos últimos 3 meses, o passe L123 aumentou "apenas" 3 euros, estando agora muito perto de ultrapassar os 50 euros. Para um país onde o ordenado mínimo é pouco mais de 350 euros, isto soa a escandâlo.

O porquê da greve, muito sinceramente, já não importa a ninguém, excepto os membros da Soflusa. O facto de serem os passageiros pagantes a ficar com o dia arruinado, enquanto os tripulantes ganham uma pausa de 6 horas, é simplesmente inacreditável.

Mas isto não vai durar muito. Na última greve a exaltação dos passageiros estava já muito perto da violência, por isso, não se admirem quando um dia, ligarem a televisão e virem a tripulação da Soflusa atirada ao rio sem qualquer tipo de piedade.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

"Aproximar o desporto do povo, falar a nossa linguagem e dar-nos referências, é o melhor que pode fazer um atleta de alto nível"

Juan Mora, cronista do jornal AS

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Carta aberta

Exmos. Srs. Candidatos ao cargo de Presidente da República,

Venho por este meio suplicar pela desistência das vossas candidaturas, visto vossas Excelências não possuirem o perfil que eu considero indicado para o cargo. Seguidamente, passarei em revista os motivos que me levam a pedir encarecidamente pela Vossa desistência:

- Exmo. Dr. Cavaco Silva, considero o seu trabalho enquanto primeiro-ministro de Portugal como ruinoso e imprestável ao meu ideal de Portugal. Actualmente, não tenho dinheiro nem tempo suficiente para ler as suas biografias, pelo que a alternativa é ouvir a sua opinião, que estranhamente, opta por esconder. Para mim, um presidente deverá ter em sua posse um pensamento claro e partilhável com os restantes portugueses, e devido à sua opção de não partilha, duvido e questiono inteiramente o rumo que idealizou para Portugal.

- Exmo. Dr. Mário Soares, reconheço que a sua personalidade é uma das mais marcantes do século anterior, no entanto, penso que esse é um mérito suficiente. Os ataques pessoais que desferiu aos outros candidatos não fazem parte da sua maneira de ser e, apesar de lhe reconhecer boas ideias para Portugal, a sua associação enquanto Presidente da República ao danoso governo do Dr. Cavaco Silva, não me inspira confiança. Saiba no entanto que se escolhesse algum dos candidatos, o Dr. estaria bem posicionado para acolher o meu voto.

- Exmo. Dr. Manuel Alegre, como poeta que é, respeito-o imensamente, no entanto, creio que o seu perfil não se apropria ao de um Presidente da República. Não que o Dr. seja rude ou mal-educado, o problema reside apenas na sua falta de ideias para um Portugal melhor. Espero no entanto, que não caia no pranto dos desesperados e cometa algum acto de loucura.

- Exmo. Dr. Francisco Louçã, partilho do seu pensamento quanto ao uso de transportes públicos, mas irá-me desculpar, não partilho das ideias políticas que prevêm reformas e referendos a todos os níveis.

- Exmo. Sr. Jerónimo de Sousa, se tivesse que escolher algum candidato entre os que se apresentam como opção, o Sr. seria com certeza um deles. Contudo, a sua associação a um partido com os ideais descontextualizados não abona nada a seu favor. Gosto no entanto de saber que o Sr. consegue conduzir um veículo longo de passageiros, ou seja, consegue fazer algo que provavelmente, mais nenhum candidato consegue.

- Exmo. Dr. Garcia Pereira, saúdo a sua colecção de assinaturas da qual eu fiz parte, no entanto chegou a altura de desistir. Como não o ouvi em nenhum debate (não por sua culpa, atente-se), sugiro que crie um canal seu, com paisagens portuguesas eclodindo no écran, fazendo lembrar os finais de tarde do canal Galicia.

Sem mais demoras, despeço-me cordialmente dos candidatos, esperando que o deixem de ser já amanhã.

António

terça-feira, janeiro 03, 2006

Ano novo...

...constipação nova! A culpa é dos comunas que ainda não instalaram um estufa que cobrisse toda a área do Barreiro. Já que isto é só prédios, não era por uma estufa gigantesca que nos íamos queixar...