terça-feira, setembro 30, 2003

A extroversão do tempo

O limite do horizonte é sem duvida uma parte do cenário que todos imaginamos no nosso paraíso pessoal. Com o Sol a pôr-se através dele e com a nossa alma-gémea por perto, ficamos com os ingredientes base do tal cenário.
Mas e quando a chuva cai?
Ela hoje caiu, com imensa força, como se estivesse a soltar a raiva contida durante dois ou três meses. A mim, cada trovão compara-se ao rugir da natureza, o devaneio que a sua ira por nós cria. E nos dias de trovoada, nos dias em que a chuva cai com a força que só a Natureza possui, o horizonte é imperceptível. Nestes dias a tristeza invade-nos porque o cenário que idealizamos está mais longe. Mas não mais longe do que passamos quando vemos o Sol.

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