sexta-feira, outubro 03, 2003

Demito-me....

(Risos) Isto anda tudo a girar ao contrário! Então um cidadão quebra a lei e depois demite-se e está resolvida a questão?!
Quero tudo preso, quais demissões!! Se fosse o meu pai já ele tava em prisão preventiva, mas como é o "Sr. Dr." aí já está tudo resolvido. É bom ter o poder de ministro para pôr na faculdade de medicina a filha de um conhecido meu enquanto o bacano X derrama-se em lágrimas porque não entrou por uma décima. Sinceramente! Isto é típico de um estado de direito?!?! Se for fico entusiasmado, mesmo muito, e mais vou ficar quando daqui a uma semana já ninguém falar do caso do helicóptero de Lamego! Esse também se demitiu quando devia era tar a cheirar as grades...

Estas cenas revoltam-me e pior fico quando dentro de 2 dias se der o "grande" feriado da implantação da República. Como é feriado não vou escrever nada neste blog nesse dia. Ultimamente tenho chamado a esse feriado o dia do desmoronamento da sociedade portuguesa. Não me considero pró-monárquico, longe disso, mas também não sou nem de longe, nem de perto, republicano. Não acho que seja preciso um Parlamento com uma data de "marmanjos" a encher os bolsos, para que o nosso país evolua. Mas sei que com um rei também só resta rezarmos para que ele seja um índividuo pacífico. Para mim o esquema ideal é o inglês, pois não vive atrás de uma Constituição e melhor, funciona melhor sem ela. Há uma Câmara de Lords e outra de Cidadãos e o equilíbrio e decisões partem daqui até chegar ao Primeiro-Ministro. Pelo meio é mandada um nota oficial à corte real e eles pouco mais podem fazer que lê-la, enquanto passam férias na Suiça.
Concluíndo, é rídiculo passarmos 4 anos a estudarmos a Constituição, quando há países como a Inglaterra que nem sequer a têm e vivem muito bem sem ela.

Mas, futuristicamente falando, embora o meu pessimismo não me dê grande espaço de manobra, a Constituição e a estrutura da União Europeia têm que ser apreendidas pelos cidadãos, porque é esse o esforço de toda a UE. Para isso o primeiro passo é sentirmo-nos tanto portugueses, como europeus. Não preciso de reflectir muito para chegar à conclusão que a História da Europa dá-me mais interesse que a História portuguesa. Pessimismo exagerado ou anti-nacionalista, pode quem ler isto vir a pensar, mas apenas digo tal, porque a Europa tem muito e mais para estudarmos que 900 anos de História portuguesa. Digam-me se tem lógica dizer que possuímos uma aliança com a Inglaterra que dura há tantos séculos, se não conhecemos a nação inglesa? Ficamos a meio do caminho não acham?

O obstáculo mais díficil de passar para o estudo dos inimigos é não os tratar como tal.

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