Um problema
Nem todos transportam cultura. Um B.I. não significa que o seu portador seja fechado nas fronteiras que delimitam a nação e muito menos significa que este esteja limitado culturalmente ao espaço a que está confinado. Ao invés, o sujeito nacional pode estar idóneo a novas tradições, novos estilos, novas maneiras...enfim, ao que entendemos como o conjunto de factores que formam uma cultura, isto é, o sujeito poderá nunca se identificar com a cultura em que nasceu e viveu. Dizer que a cultura se ganha com a educação escolar e familiar não é totalmente correcto, pois no sujeito poderá existir uma propensão à diferença, procurando assim novas tendências e novos fenómenos identificadores do seu "eu cultural".
Concluíndo, o multiculturalismo enquanto relação de identidades através do conflito e interactividade ou como relação de culturas não totalmente definidas, pode partir da procura pelo "eu cultural", ou seja, começa na mobilidade interior do sujeito e não da mobilidade exterior. A viagem é dentro de nós, só depois ela se aplica ao mundo.
2 comentários:
Gostei da observação.
Parece-me de facto que essa mobilidade é algo de inerente a nós, humanos. Algo com o qual ainda não parece haver uma real ponderação acerca de quais as medidas, formatos e normas que possam estabelecer um principio proveitoso de providência para todos no todo.
Enviar um comentário