domingo, maio 25, 2003

O meu irmão fez 21 anos ontem e tratou de fazer uma grande festa com muitos amigos e que vendo agora mais a frio correu muito bem. A sangria estava optima e adorei ver a boa disposição que fez correr nas veias do pessoal. Havia lá gente que estava mto alegre e ainda nem tinha tomado nada...um extase muita estranho. A comida (feijoada e muita carne) estava soberba, assim como as sobremesas, das quais nao comi muita coisa, até porque já estava cheio como tudo. Apesar de toda a alegria eu era quem andava mais pensativo e algo triste...certamente que muita gente reparou nisso...e fica mais estranho porque isto costuma suceder-se é com o aniversariante e nunca com o irmão dele. Mas ontem passou-se o contrário. Quando fui com o Edgar e o Mauro à Baixa da Banheira, eles resolveram ficar por lá e não ir ter com o Miguel. Foi optimo te-los lá na festa, até porque o Mauro já nao o via há uns dez anos e o Edgar já lá ia um ano, mas depois notei que algo não ia bem entre o Edgar e a familia...uma espiga qualquer. O Mauro, esse resolveu ir com o pessoal dele para outros lados. Houve uma altura em que perguntei ao Edgar se tava arrependido de ter continuado naquela rua e ele respondeu-me: "muito", mas não soube explicar porquê. A partir daí todo o meu passado e o presente entraram em conflito. Não é facil ver os nossos amigos de infancia, agora adultos, como eu e o meu irmao, queixarem-se de toda uma vida e arrependerem-se do que nao lhes foi dado. Por isso fiquei distante e absorto qndo fomos lá pra baixo acabar de festejar o aniversário.

Quando vinha para casa, ainda distante da realidade, passei por um baldio cheio de mato que se encontra junto da minha casa, e toda a calma q aparentava explodiu com uma estrondosa rabanada de vento que me captou a atençãoo. Quando olhei para o baldio as arvores que lá se encontravam formaram uma onda que se voltou para mim e que por momentos me parou o coração. Por muito que me tente lembrar, nunca uma demonstração da natureza foi-me tão violenta e brutal como aquela imagem das arvores a "dançarem" como se soubessem tudo o que eu estava a sentir e ao mesmo tempo me estivessem a transmitir uma mensagem...silenciosa mas fria mensagem, que eu respeitarem e tentarei cumprir.

É doloroso e implacável quando vemos todo o nosso destino num só momento de fúria natural

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