Morreu mais uma figura da minha juventude. À hora de jantar, enquanto davam as notícias, surgia sempre a figura de Ieltsin, comentada pelo eterno Carlos Fino. Gostava sobretudo das notícias que surgiram sobre ele já no final da sua carreira política, aquelas que referiam sobretudo as suas bebedeiras e bailaricos entre os russos. Da minha parte, achava tudo aquilo surreal, como se fosse de um outro planeta. E naquela mesma época, nem imaginava sequer que outro esquerdista, neste caso Jerónimo de Sousa, fizesse as mesmas figuras por cá.
Incontestável é que, de facto, Boris Ieltsin é uma figura histórica. Rival de Gorbatchev e difusor de um novo sistema de relações internacionais com os E.U.A. (mais aberto ao contacto, mas igualmente às desconfianças), Ieltsin gostava de criar ruptura, de quebrar em vez de torcer e foi sob esse estatuto que cortou de vez com a U.R.S.S. e abriu a "nova" Rússia à Comunidade Internacional. Infelizmente, e como é apanágio dos líderes na Rússia, abusou de alguns poderes, não tanto em benefício próprio, mas mais em malefício de outros. No entanto, esse é um problema muito russo, herança ideológica das políticas de esquerda.
Incontestável é que, de facto, Boris Ieltsin é uma figura histórica. Rival de Gorbatchev e difusor de um novo sistema de relações internacionais com os E.U.A. (mais aberto ao contacto, mas igualmente às desconfianças), Ieltsin gostava de criar ruptura, de quebrar em vez de torcer e foi sob esse estatuto que cortou de vez com a U.R.S.S. e abriu a "nova" Rússia à Comunidade Internacional. Infelizmente, e como é apanágio dos líderes na Rússia, abusou de alguns poderes, não tanto em benefício próprio, mas mais em malefício de outros. No entanto, esse é um problema muito russo, herança ideológica das políticas de esquerda.