quinta-feira, agosto 18, 2005

Negativo, eu?

Não desespero, mas apetece-me. Tudo me parece mal, tudo me parece errado e no entanto, não altero nada. Nem sequer penso no que podia alterar. Fútil. Inútil. As palavras rimam e não suavizam o amargo que atravesso, o deserto que me absorve e a tempestade que se afasta. Nada me salva e tudo me condena. Mas tudo isto não atravessa a pele. Sou uma muralha alemã que não teme nada e todos os ataques sofre. Mas nunca cai. Porque aqui os sentimentos passam, ajudam a crescer, mas nunca se fixam. Como a fruta que da árvore brota e para o estomâgo vai.

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