Sobre o dirigismo em Portugal
Acabou há poucos minutos a entrevista efectuada pela SIC ao presidente do Comité Olímpico Português, Vicente Moura de seu nome, tendo resultado desta uma profunda crítica aos órgãos de comunicação social, pois segundo o mesmo, foi passada uma mensagem em Portugal diferente daquilo que realmente aconteceu em Pequim. Concluída com a promessa de enviar ao governo um relatório detalhado do que falhou nos Jogos Olímpicos, Vicente Moura salientou ainda que existe a necessidade de encontrar alguém adequado para falar à imprensa em nome da comitiva.
Na minha perspectiva, penso que Vicente Moura esteve bem na sua função. Além de ter conseguido criar pressão competitiva nos atletas através do número de medalhas que esperava alcançar (se tivesse dito que só esperava 2 medalhas chamavam-lhe de conformado e pouco ambicioso), conseguiu depois reconhecer que a pressão sobre a comitiva começou a ser exagerada (culpa integral da comunicação social que empolou a 1ª semana sem medalhas a um nível de escândalo) e soube canalizar as atenções quando chamou a si a notícia da sua demissão, dando a cobertura necessária para Nelson Évora realizar a sua final sem expectativas desmedidas.
Dito isto, estranha-me que se veicule pela comunicação social que o dirigismo olímpico português precisa de mudanças rapidamente quando escândalos de corrupção abalam o futebol português constantemente. Esses sim devem ser criticados e julgados o mais brevemente possível e de forma justa. Isto para não falar dos presidentes que prometem títulos ano após ano sem sucesso e no entanto sobrevivem à frente dos seus clubes.
Voltando ao Olimpismo, há que dizer que, no meio de toda esta algazarra desmedida à volta dos Jogos, esqueceu-se do principal: a concepção dos Jogos Olímpicos é a sua participação, competição e glória. Conquistar tudo isso está ao alcance de poucos, porém não devemos criticar quem atinge só a participação, pois só isso já é um feito digno de realce num mundo cada vez mais crítico, selvagem e desprezador dos feitos individuais ou colectivos.
É ainda na participação que está a base do desporto, por isso é inteira competência dos dirigentes apelarem à mesma e não colocar entraves monetários, físicos ou psicológicos à sua prática. Ao menosprezarem a participação, os dirigentes tornam-se nos principais inimigos do desporto, daí que diga que a atitude de valorização do grupo por parte de Vicente Moura (mesmo quando muitos tentavam quebrar o espírito de equipa) tenha sido um dos melhores exemplos de gestão dado por um alto cargo do desporto português nos últimos tempos.
Na minha perspectiva, penso que Vicente Moura esteve bem na sua função. Além de ter conseguido criar pressão competitiva nos atletas através do número de medalhas que esperava alcançar (se tivesse dito que só esperava 2 medalhas chamavam-lhe de conformado e pouco ambicioso), conseguiu depois reconhecer que a pressão sobre a comitiva começou a ser exagerada (culpa integral da comunicação social que empolou a 1ª semana sem medalhas a um nível de escândalo) e soube canalizar as atenções quando chamou a si a notícia da sua demissão, dando a cobertura necessária para Nelson Évora realizar a sua final sem expectativas desmedidas.
Dito isto, estranha-me que se veicule pela comunicação social que o dirigismo olímpico português precisa de mudanças rapidamente quando escândalos de corrupção abalam o futebol português constantemente. Esses sim devem ser criticados e julgados o mais brevemente possível e de forma justa. Isto para não falar dos presidentes que prometem títulos ano após ano sem sucesso e no entanto sobrevivem à frente dos seus clubes.
Voltando ao Olimpismo, há que dizer que, no meio de toda esta algazarra desmedida à volta dos Jogos, esqueceu-se do principal: a concepção dos Jogos Olímpicos é a sua participação, competição e glória. Conquistar tudo isso está ao alcance de poucos, porém não devemos criticar quem atinge só a participação, pois só isso já é um feito digno de realce num mundo cada vez mais crítico, selvagem e desprezador dos feitos individuais ou colectivos.
É ainda na participação que está a base do desporto, por isso é inteira competência dos dirigentes apelarem à mesma e não colocar entraves monetários, físicos ou psicológicos à sua prática. Ao menosprezarem a participação, os dirigentes tornam-se nos principais inimigos do desporto, daí que diga que a atitude de valorização do grupo por parte de Vicente Moura (mesmo quando muitos tentavam quebrar o espírito de equipa) tenha sido um dos melhores exemplos de gestão dado por um alto cargo do desporto português nos últimos tempos.
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