quinta-feira, janeiro 03, 2008

Sobre o filme Tróia
  1. Adaptar para cinema uma epopeia de Homero é sempre um trabalho inglório, pois é impossível ganhar ao original.
  2. Não há exageros visuais no filme. Uma boa notícia numa era em que os programas de imagem fazem a maior parte do trabalho.
  3. As emoções das personagens estão aquém do esperado. A passagem do estado de cólera funesta para a de compaixão pelo inimigo por parte de Aquiles é pouco ou nada trabalhada.
  4. Devido ao facto do realizador e produtor terem optado por incluir o Cavalo de Tróia no filme, o papel de Ulisses foi de maior relevo, algo que não acontece na Ilíada.
  5. Entre enormes imprecisões em relação ao mito, uma das que mais choca é a morte de Agamemnón na tomada de Tróia. A versão mais aceite é a de que Agamemnón morreu às mãos das sua esposa no banho, como acto de vingança pelas constantes infidelidades.
  6. Outra das grandes imprecisões reside na morte de Menelau por Heitor. Ao contrário do que nos mostra o filme, Menelau sobrevive ao combate com Páris e é um dos sobreviventes da guerra. Andará à deriva pelo mar durante vários anos, tal como Ulisses.
  7. O filme opta por mostrar apenas a componente humana e esse é provavelmente o seu maior êxito. Não existe acção nem influência directa dos deuses no filme, apenas respeito pelos mesmos (a excepção é a deusa Tétis).
  8. O filme custou cerca de 230 milhões de dólares e as receitas de bilheteira pelo mundo rondaram os 500 milhões de dólares.

1 comentário:

Akuma Kanji disse...

Teve o seu quê de graciosidade mas, no geral, não gostei do filme (até porque não vi metade sequer).