Sobre o filme Tróia
- Adaptar para cinema uma epopeia de Homero é sempre um trabalho inglório, pois é impossível ganhar ao original.
- Não há exageros visuais no filme. Uma boa notícia numa era em que os programas de imagem fazem a maior parte do trabalho.
- As emoções das personagens estão aquém do esperado. A passagem do estado de cólera funesta para a de compaixão pelo inimigo por parte de Aquiles é pouco ou nada trabalhada.
- Devido ao facto do realizador e produtor terem optado por incluir o Cavalo de Tróia no filme, o papel de Ulisses foi de maior relevo, algo que não acontece na Ilíada.
- Entre enormes imprecisões em relação ao mito, uma das que mais choca é a morte de Agamemnón na tomada de Tróia. A versão mais aceite é a de que Agamemnón morreu às mãos das sua esposa no banho, como acto de vingança pelas constantes infidelidades.
- Outra das grandes imprecisões reside na morte de Menelau por Heitor. Ao contrário do que nos mostra o filme, Menelau sobrevive ao combate com Páris e é um dos sobreviventes da guerra. Andará à deriva pelo mar durante vários anos, tal como Ulisses.
- O filme opta por mostrar apenas a componente humana e esse é provavelmente o seu maior êxito. Não existe acção nem influência directa dos deuses no filme, apenas respeito pelos mesmos (a excepção é a deusa Tétis).
- O filme custou cerca de 230 milhões de dólares e as receitas de bilheteira pelo mundo rondaram os 500 milhões de dólares.
1 comentário:
Teve o seu quê de graciosidade mas, no geral, não gostei do filme (até porque não vi metade sequer).
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