Sinceramente, esta é daquelas histórias que metem pena (para não dizer nojo), pois consagram tudo o que há de pior na humanidade: materialismo, inveja, mesquinhice, engano e "chico-espertismo", este último muito lusitano.
Muitas vezes o problema da justiça é que fica adulta. Se este caso fosse o de duas crianças a disputar o mesmo brinquedo, pegava-se nele e punha-se em cima de um armário, longe do alcance dos putos mimados. Pelos vistos, estes putos mimados a quem saiu o "brinquedo" de 15 milhões de euros também precisam de uma solução destas: ou o caso arrasta-se durante mais 5 ou 10 anos (depois ficava arquivado e as duas partes ficavam sem acesso ao dinheiro) ou o banco onde está depositado o dinheiro considera que este não pode ficar nesta situação de impasse mais tempo e decide fazer o que entender com ele, garantindo acesso do titular só passado 10 ou 20 anos.
Para já e enquanto a indecisão se manter ninguém tem acesso ao dinheiro e já lá vão dois anos (caminha rapidamente para 3) desde que saiu o prémio.
Vale a pena as pessoas batalharem até ao limite das suas forças e da sua saúde por dinheiro? Uma moradia com piscina e o carro dos nossos sonhos compensa as dores de cabeça, as noites sem dormir, os pesadelos quando se consegue dormir, a angústia da indecisão e a ansiedade pela decisão final de todo o processo? Eu cá tenho cada vez mais dúvidas de que compense...