Chelas-Barreiro
Com o apoio dado pelo LNEC à opção Chelas-Barreiro, quase de certeza que o debate da melhor opção para a terceira travessia sobre o Tejo fica arrumado. Não duvido que uma nova ponte seja fundamental para melhorar a acessibilidade a Lisboa, no entanto, fica a ideia que o processo foi demasiado acelerado para um país que ainda há pouco tempo investiu tanto numa outra ponte. Para realçar a questão, há que também contar com o investimento recentemente realizado pela Soflusa nos novos navios que fazem a ligação entre Barreiro e Lisboa e que, com uma nova ponte, podem vir a cair em desuso. Por fim, dá-me também a impressão que as outras alternativas não foram realmente tidas em conta. Algés-Trafaria é um percurso que mais cedo ou mais tarde se irá realizar, mas que foi praticamente esquecido neste processo. Pelo meio, a CM Barreiro e do Seixal já estão a tratar de reconstruir a ponte que outrora unia as duas freguesias e que possibilitará um fluxo de trânsito para sudoeste da península de Setúbal, exactamente onde encaixaria a ponte Algés-Trafaria. Parece-me que este assunto de enorme importância nacional foi tratado com alguma leviandade por parte dos responsáveis governamentais e pelas restantes forças políticas e consequentemente, poderá ter um enorme impacto negativo na nossa já frágil economia.