sexta-feira, março 28, 2008

Chelas-Barreiro

Com o apoio dado pelo LNEC à opção Chelas-Barreiro, quase de certeza que o debate da melhor opção para a terceira travessia sobre o Tejo fica arrumado. Não duvido que uma nova ponte seja fundamental para melhorar a acessibilidade a Lisboa, no entanto, fica a ideia que o processo foi demasiado acelerado para um país que ainda há pouco tempo investiu tanto numa outra ponte. Para realçar a questão, há que também contar com o investimento recentemente realizado pela Soflusa nos novos navios que fazem a ligação entre Barreiro e Lisboa e que, com uma nova ponte, podem vir a cair em desuso. Por fim, dá-me também a impressão que as outras alternativas não foram realmente tidas em conta. Algés-Trafaria é um percurso que mais cedo ou mais tarde se irá realizar, mas que foi praticamente esquecido neste processo. Pelo meio, a CM Barreiro e do Seixal já estão a tratar de reconstruir a ponte que outrora unia as duas freguesias e que possibilitará um fluxo de trânsito para sudoeste da península de Setúbal, exactamente onde encaixaria a ponte Algés-Trafaria. Parece-me que este assunto de enorme importância nacional foi tratado com alguma leviandade por parte dos responsáveis governamentais e pelas restantes forças políticas e consequentemente, poderá ter um enorme impacto negativo na nossa já frágil economia.

sexta-feira, março 14, 2008

Desmistificação da manifestação dos professores

Recolhi alguns comentários e ideias sobre a greve dos professores, que segundo os organizadores, levou mais de 100 mil professores à rua e cheguei à conclusão que, de facto, alguém está muito enganado, senão vejamos:
  • O Terreiro do Paço tem cerca de 2km² e a meu quarto tem 16m². Se eu meter 100 mil pessoas em 2km², isso significa que, em proporção, caberiam 50 pessoas num espaço semelhante ao do meu quarto, o que me parece possível apenas se se amontoarem todos em cima uns dos outros. Pelas imagens de televisão vimos muitas clareiras e não vimos professores ao colo uns dos outros, logo diria que tivessem apenas metade desses 100 mil.
  • Dessas 50 mil pessoas que se manifestaram no Terreiro do Paço (e em outros locais de Lisboa), acho que apenas metade ou um terço era realmente professor, pois grande maioria dos docentes levaram com eles família (a maior parte o cônjuge, outros até os filhos).
  • Há ainda a juntar aqueles que receberam SMS e que acabaram por aderir e aqueles que estiveram lá em apoio dos professores. Eu recebi uma SMS para "juntar-me à luta", mas não fui. Contudo, acredito que devam ter ido umas 10 mil pessoas via sms, convite ou meramente por apoio político ou social.
Analisando bem a coisa, estariam somente um quarto dos 100 mil professores que foram anunciados. É certo que 25 mil professores contestários das políticas governamentais ainda é um número bem sonoro e que deve ser ouvido pelo governo, mas no fundo, fica a ideia que a questão foi muito empolada pela comunicação social devido a um número que realmente não aconteceu.

Para mim, a sindicalização e partidarização do protesto dos professores não os leva a lado nenhum. Se querem realmente ser ouvidos unam-se, façam greve ou levem o caso para Bruxelas. Remeter tudo para um conjunto de indivíduos que apenas quer encher os bolsos é aquilo que se passa durante o resto do ano.

quinta-feira, março 06, 2008

Sigla desconhecida até hoje

PPP = Parceria Público-Privada