Referendo: sim ou não?
O
Nélson, como muitos outros portugueses, já deu a sua opinião. Pego na pergunta deixa no seu
blog, para dar igualmente o meu ponto de vista:
Economicamente, é bom evitar o referendo. Cada eleição custa à nação (por outras palavras, aos contribuintes) uma avultada soma, que se for evitada através da consulta parlamentar acaba por ser bom para o país.
Contudo, numa Europa que se quer mais próxima dos cidadãos, o melhor é mesmo consultar o cidadão europeu para lhe perguntar se quer ou não um Tratado Reformador da UE, isto porque, nos parlamentos nacionais está expressa a vontade popular de um determinado ano e não da actualidade. Ou fazem o referendo, ou convocam eleições parlamentares anuais, pois a perspectiva do cidadão português muda consideravelmente ao longo de dois anos de poder de determinado partido.
Além disso, o partido que os portugueses elegeram há dois anos atrás podia aquele que mais garantias oferecia para o futuro interno do país, mas não para o futuro externo. Posso partilhar da opinião de um partido no que respeita a assuntos internos, mas posso discordar plenamente da sua visão de Europa.
Por estas e por outras, penso que um Referendo sem partidarizações devia ser a opção a tomar. Digo sem partidarizações, pois tal como o referendo da IVG, no caso de haver um referendo para o assunto Europa, podemos acabar a discutir o que o governo fez ou não fez, longe do assunto real, neste caso do quão frutuoso será o Tratado para a Europa. Eleições à escala europeia, sem partidos, mas com rostos, é para mim a solução ideal.
Ainda que possa tudo passar de uma utopia matinal.