terça-feira, novembro 27, 2007

Pressão

Abate-se sobre mim, qual imolação. Desprende-se e voa suavemente, levando consigo o que de bom ainda existia neste pobre ser. O que resta agora é mórbido, cheira a desolação. Voraz e invisível, consome as entranhas e transforma-me. Quero acreditar que posso mudar, mas a cada novo ataque, a esperança cai por terra. Um dia será tarde para se levantar e aí jazerá o que de bom e mau cometi.

segunda-feira, novembro 05, 2007

Referendo: sim ou não?

O Nélson, como muitos outros portugueses, já deu a sua opinião. Pego na pergunta deixa no seu blog, para dar igualmente o meu ponto de vista:

Economicamente, é bom evitar o referendo. Cada eleição custa à nação (por outras palavras, aos contribuintes) uma avultada soma, que se for evitada através da consulta parlamentar acaba por ser bom para o país.
Contudo, numa Europa que se quer mais próxima dos cidadãos, o melhor é mesmo consultar o cidadão europeu para lhe perguntar se quer ou não um Tratado Reformador da UE, isto porque, nos parlamentos nacionais está expressa a vontade popular de um determinado ano e não da actualidade. Ou fazem o referendo, ou convocam eleições parlamentares anuais, pois a perspectiva do cidadão português muda consideravelmente ao longo de dois anos de poder de determinado partido.
Além disso, o partido que os portugueses elegeram há dois anos atrás podia aquele que mais garantias oferecia para o futuro interno do país, mas não para o futuro externo. Posso partilhar da opinião de um partido no que respeita a assuntos internos, mas posso discordar plenamente da sua visão de Europa.
Por estas e por outras, penso que um Referendo sem partidarizações devia ser a opção a tomar. Digo sem partidarizações, pois tal como o referendo da IVG, no caso de haver um referendo para o assunto Europa, podemos acabar a discutir o que o governo fez ou não fez, longe do assunto real, neste caso do quão frutuoso será o Tratado para a Europa. Eleições à escala europeia, sem partidos, mas com rostos, é para mim a solução ideal.
Ainda que possa tudo passar de uma utopia matinal.
Da baboseira

O Rui Santos só diz baboseiras. Tem ar intelectual, mas no fundo, em hora e meia a babosear, acaba por dizer duas ou três coisitas aproveitáveis que qualquer um de nós - informado ou não - também diria.
O português gosta de ouvir alguém a dizer baboseiras. Aliás, gosta de ouvir, ver, ler, comentar e mandar a sua própria baboseira. Quando tanta gente dedica importância às baboseiras, é normal que o país não saia da babosice geral. É igualmente normal que o Rui Santos, que de início só tinha direito a poucos minutos de intervenção, já tenha hora e meia para si e para as suas baboseiras. A verdade é que todos sabem que ele diz baboseiras, mas ainda assim não resistem a ouvir o que o desgraçado tem para dizer.
Enquanto assim for, enquanto lhe derem importância, ele vai continuar por aí. O desprezo é o caminho. Podem igualmente mudar para a RTPN, que costuma ter o Álvaro Braga Jr. a dizer coisas mais saudáveis.