terça-feira, novembro 25, 2003

Há coisas que não lembram a ninguém...até ao momento em que finalmente acontecem.

segunda-feira, novembro 24, 2003

As manhãs de Outono continuam majestosas. Há algum país onde seja Outono todo o ano?

quinta-feira, novembro 20, 2003

Sobre-vivências

Mário de Carvalho, ex-combatente na guerra do Ultramar e actual reporter de imagem da CBS é mais um sobre-vivente. A sua maneira de retratar a realidade através de uma câmara de filmar, a sua ousadia e coragem para estar nos principais palcos de guerra e nas situações de maior apuro, resultam em imagens terrí­veis que nos colam por completo ao ecran.
A percepção dos nossos ouvidos é diferente da percepção visual e através de Mário de Carvalho fica demonstrado isso mesmo. Recentemente, este repórter apresentou mais um trabalho, mas desta vez em forma de livro: "Dentro da Guerra" é o retrato dos conflitos desde a América do Sul até ao Médio Oriente pela mão deste afamado jornalista. A ler.

terça-feira, novembro 11, 2003

Futebolítica

Pois é, futebol e política são daquelas coisas que se juntam demasiadas vezes e quase nunca da melhor forma. Ontem, num programa da SIC Notícias, Guilherme Aguiar atacou de uma forma clara alguns políticos que não conseguiram chegar a líderes dos seus partidos, muito por culpa da não compreensão das massas. Em tom de desafio, Aguiar propôs aos partidos políticos que fizessem um congresso no Estádio da Luz para ver se o conseguiam lotar.
Esta "luta" ainda é uma réplica da não convocatória de Pinto da Costa aos deputados da assembleia da República e aos orgãos da Câmara Municipal do Porto. Nesse ponto Guilherme de Aguiar esteve muito bem, ao afirmar que se o presidente Rui Rio não gosta de ir à bola, então não fazia sentido convidá-lo. Acrescentou ainda que a guerrilha Rui Rio - FC Porto começou no edil da Câmara ao dizer num dos seus discursos de vitória nas autárquicas, "o reinado do FC Porto acabou". É grave esta afirmação, e o facto de João Loureiro e o mesmo Pinto da Costa terem jantado num destes dias, vem dar a ideia que há a resolver esse conflito. Foi um bom passo, que outros criticaram (não há acto público em Portugal que não tenha alguém contra). Dias Ferreira disse apenas que foi a "reunificação do sistema". Visão futebolística, quando o assunto era político. Má solução do doutor, que estava num tom aberto e directo no programa, lançando outras "postas de pescada" como "o Benfica foi treinar a Alverca". Aparte desta carga irónica e directa, Fernando Seara (o outro comentador residente do programa) opinava desportivamente e não politicamente, como o próprio referiu, naquele estilo algo desenfreado e nervoso que caracteriza este simpático e estranho político.
Como conclusão, tenho que agradecer à SIC Notícias por ter criado o primeiro programa desportivo que dá gosto ver. Pelo menos a mim. Ah, e há que agradecer à SIC Notícias por ser a única estação televisiva português com qualidade. O Íntimo também tinha, mas acabaram com aquilo..eheh.

segunda-feira, novembro 10, 2003

Um naco de qualquer coisa.

A falta de entusiasmo com que me olho nos olhos é o espelho que os meus interesses olham em mim. É um apagão vivo que torna a minha existência num naco de qualquer coisa.
Não tenho tendência para explanar-me como o que esse rol de interesses gostaria que eu demonstrasse. É triste, mas nu - existência vã.
Vou clicando sem grande euforia entre as músicas que me poderiam transmitir algo. Continuo a clicar nelas, continuo a procurá-las. A alegria vai-se embora à medida que não acho o que pretendo.
Acho que este é o genéro de navegação que não dá gosto de ler a ninguém. Muito menos a mim. A leitura das minhas próprias palavras consomem-me mais um bocadinho, pois não correspondem a um ideal tomado em vida.
O hálito fresco misturado com sangue é uma imagem real da juventude. É a imagem da minha existência...da minha inutilidade...que as teclas tristes e harmoniosas sussurram...

sábado, novembro 08, 2003

Sobre-vivências

Incrível o número de baixas americanas desde que as tropas entraram em Bagdad. Saddam Hussein, dizem os entendidos na matéria, ainda está vivo. Mas mais que a suposição do coagular de sangue no líder iraquiano, a agitação que esse tipo de notícias provoca ao povo iraquiano é digno de ser registado, seja por sensacionalismos bárbaros, seja por multi-opinião. Quero eu dizer com isto, que esteja o procuradíssimo Saddam morto ou vivo, trata-se de um mito para o povo, que vê o americano como um "sugador" de riqueza económico-social. Para combater esta visão nada melhor que acreditar na sobrevivência do líder. É um pouco como os alemães aquando a II Guerra Mundial, que só deixaram de combater após as notícias que davam conta da morte de Hitler. Por isso, mais que sobrevivente aos pesquisadores americanos, Saddam Hussein é um sobre-vivente, visto que elevou-se a mito e deixou para os outros o estatuto de "mais um".

quinta-feira, novembro 06, 2003

Consumismo

Hoje comprei um livro. "O filho de Thor" de Juliet Marillier. Leitura de entretenimento, daquela que nos torna pseudos. Fui almoçar ao bairro da Serafina. Estive a apanhar autocarros com numeros estranhos. Estive numa loja a comprar roupa, onde as pessoas eram de uma amabilidade esquisita para a época e o local. Comi uma bola de Berliner algures e cheguei à conclusão que é um bom bolo em qualquer parte do país. Hoje fez-se diário.

terça-feira, novembro 04, 2003

Em clara concordância com o João, vou falar de como a mim e à minha volta, o jogador Yekini marcou.
Yekini, ou Deus negro, foi um dos melhores ponta-de-lança que passaram pelo nosso campeonato. Desengane-se que pensa que Yekini era um avançado estático, à espera que as bolas caíssem na area. Yekini era sim um avançado possante que furava as defesas contrárias graças à sua força e técnica. Técnica essa com o perfume do futebol africano. Actualmente, um jogador, também ele africano, se assemelha e muito aos Deus negro. Joga no Beira-Mar e chama-se Kingsley. Não tão instintivo como Yekini mas todavia, muito possante e rápido, é um jogador que traz muita qualidade ao nosso fraquinho futebol. Digo fraquinho com a defesa que uma média de 3000 espectadores por estádio (tirando os 3 grandes) atesta.
De qualquer forma, quando relembro esses tempos (não tão remotos quanto isso) deliro e sonho que esses momentos acontecessem outra vez, até que Yekini e tantos outros voltassem a jogar "daquela" forma. Nesse tempo (não tão longínquo, repito), os clubes ditos de menor dimensão possuíam estrelas de selecções que jogavam mundiais e europeus. Até os 3 grandes tinham internacionais brasileiros. Yekini foi um avançado que ao nível de selecção marcou 37 golos em quase 60 jogos internacionais. Balakov e Kostadinov eram as maiores referências a par de Stoitchkov de uma selecção búlgara que atingiu o estrelato. Rufai era indiscutivel na selecção do seu país enquanto jogava no Farense. O mesmo se pode dizer de Hassan. E tantos outros. Tenho saudades desses tempos, pois agora só os "grandes" dão jogadores às selecções principais. Contudo, pensei que Fary, Meyong ou Mendonça pudessem ser chamados, mas tal não acontece. A globalização chegou para ficar no futebol.