Li hoje um artigo do advogado Gil Teixeira, no qual ele submetia Freitas do Amaral como um pilar da democracia nacional. É obvio que se trata de um exagero. Ou talvez não. Passo a explicar através das palavras de Teixeira: "As razões porque o CDS se opôs ao texto constitucional de 1976 viriam a ser reconhecidas quinze anos após essa data. Pode dizer-se que a Constituição alberga o pensamento de Freitas do Amaral".
Como jovem que sou, não tenho conhecimento das consequências desse tal discurso na epóca, e muito menos sei o tom a que foi clamado. O certo é que essas razões ecoaram quinze anos depois e reconheceram o mérito integralmente ao pensamento político de Freitas do Amaral.
"...O centrismo é também, no plano de ideias, uma maneira de pensar que preconiza a abertura do espírito, uma síntese de contribuições válidas donde quer que elas venham, e uma ânsia de justiça tão acentuada que se torne incompatível, tanto com a diferença do conservadorismo social, como com a sofreguidão do radicalismo politico. Alguns teimam, contra toda a evidência, colocar-nos à direita, talvez por terem a sua vista confinada..."
O mais doloroso neste discurso é a minha identificação pessoal com esta maneira de pensar. Tendo o cuidado de calcar suavemente a relva dos outros, mas no entanto, pisando-a; e expugnando as ideologias que a História nos ajudou a dissolver. Parece-me correcta esta visão política, tenha ela sido dita ontem ou há vinte cinco anos atrás.
Conclusão final: Já não se fazem politicos como antigamente.
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