Em clara concordância com o João, vou falar de como a mim e à minha volta, o jogador Yekini marcou.
Yekini, ou Deus negro, foi um dos melhores ponta-de-lança que passaram pelo nosso campeonato. Desengane-se que pensa que Yekini era um avançado estático, à espera que as bolas caíssem na area. Yekini era sim um avançado possante que furava as defesas contrárias graças à sua força e técnica. Técnica essa com o perfume do futebol africano. Actualmente, um jogador, também ele africano, se assemelha e muito aos Deus negro. Joga no Beira-Mar e chama-se Kingsley. Não tão instintivo como Yekini mas todavia, muito possante e rápido, é um jogador que traz muita qualidade ao nosso fraquinho futebol. Digo fraquinho com a defesa que uma média de 3000 espectadores por estádio (tirando os 3 grandes) atesta.
De qualquer forma, quando relembro esses tempos (não tão remotos quanto isso) deliro e sonho que esses momentos acontecessem outra vez, até que Yekini e tantos outros voltassem a jogar "daquela" forma. Nesse tempo (não tão longínquo, repito), os clubes ditos de menor dimensão possuíam estrelas de selecções que jogavam mundiais e europeus. Até os 3 grandes tinham internacionais brasileiros. Yekini foi um avançado que ao nível de selecção marcou 37 golos em quase 60 jogos internacionais. Balakov e Kostadinov eram as maiores referências a par de Stoitchkov de uma selecção búlgara que atingiu o estrelato. Rufai era indiscutivel na selecção do seu país enquanto jogava no Farense. O mesmo se pode dizer de Hassan. E tantos outros. Tenho saudades desses tempos, pois agora só os "grandes" dão jogadores às selecções principais. Contudo, pensei que Fary, Meyong ou Mendonça pudessem ser chamados, mas tal não acontece. A globalização chegou para ficar no futebol.
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