Aquele corredor é mesmo fundo, mas não me diz nada, porque já sei o que está no fim. Já lá passei muitas tardes, não noites, nem manhãs. Meras tardes que me parecem frescas mas que o tempo e a memória alongam.
Há por aí muitos corredores que eu gostava de ver o fim. Essa curiosidade dá-me motivo a paixões e suspeitas várias. Mais uma vez o tempo concedido ser-me-á crucial para o saber. E o mais envolvente desta mágica dos corredores é que eles estão muito perto, ao nosso lado, por baixo e cima de nós.
Já deram conta que há casas que se cruzam no vosso caminho desde a vossa nascença e vocês não fazem ideia do que está lá dentro? É o mesmo que sinto em relação aos meus corredores. Mas estes não são todos físicos, longe disso. Os trilhos pelos quais a minha imaginação e os meus sonhos me conduzem são os que menos fim e muitas mais encruzilhadas têm.
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