Jogos Olímpicos: Palpite Final

Para se perceber a importância que os JO têm no desenvolvimento e mobilização das cidades e países que representam, veja-se o staff que as 4 candidaturas finais levaram para esgrimir os últimos argumentos: do lado de Chicago (EUA) é Barack Obama que fala; por Tóquio (JAP) é o seu primeiro-ministro; pelo Rio de Janeiro (BRA) é o presidente Lula da Silva e por fim, é o Rei Juan Carlos que fala em nome de Madrid (ESP).
A decisão é dura de se tomar e trata-se de um comité de cerca de 100 membros que decide entre si a eleição da cidade-sede para 2016. É também um exercício de poder político, pois quem mais influência tem dentro desse comité acaba por ganhar. É certo que nesse aspecto a herança do espanhol Samaranch pode muito bem ajudar Espanha, mas também é grande verdade que os EUA costumam ter sempre várias pessoas nas altas esferas de decisão. Por fim, Tóquio acaba por sofrer a benesse dos votos asiáticos, enquanto o Brasil apela à inovação, de forma a garantir que os primeiros JO na América do Sul sejam realizados no Rio de Janeiro.
Todas as candidaturas têm as suas vantagens e defeitos, contudo acho que no final pesará o efeito geográfico sobre as grandes questões como o controlo anti-doping, aldeia olímpica, motor de progresso, etc. É por isso que acredito que os JO de 2016 serão no continente americano. Atenas em 2004, Pequim em 2008 e Londres em 2016 inviabilizam quase por completo as candidaturas europeias e asiáticas como Madrid e Tóquio respectivamente. Mesmo que Madrid aposte no mais baixo dos orçamentos, enquanto Tóquio promete uns jogos ecológicos e tecnológicos.

Original no Crónicas da Bola
1 comentário:
Ups, parece que erraste lol :P
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