FIFA, UEFA, COI, IAAF... tudo farinha do mesmo saco
Oscar Pistorius, um sul-africano amputado desde os 11 meses de idade, não poderá participar nos Jogos Olímpicos de Pequim. Ontem, a 14 de Janeiro de 2008, a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) recusou ao jovem de 21 anos a possibilidade de competir no evento, ajuizando que as próteses que usa ao correr são uma vantagem mecânica evidente. Tal conclusão foi elaborada por um estudo da Universidade de Colónia, que afirma o seguinte:
"As próteses" [em fibra de carbono] são consideradas uma ajuda tecnológica e, desse modo, estão em claro desacordo com a Regra 144.2 da IAAF" (regra que proibe qualquer vantagem dada em provas por determinada tecnologia)
O estudo comprovou ainda que Pistorius beneficia, com suas próteses, de uma vantagem mecânica de mais de 30% sobre alguém que não as utiliza.
Parece-me a mim que a IAAF está para as novas tecnologias como a Igreja Católica está para o preservativo. Ambas sabem das vantagens mas ninguém quer avançar para uma nova mentalidade, mais justa e de acordo com o progresso. Querem prender-se ao passado, porque esse é o que os mantêm no poder: quanto menos alterarem, melhor.
O caso de Pistorius é digno de várias interpretações, mas eu fico com esta: se a IAAF acha que o atleta é beneficiado em relação aos outros, então que mudem algo nas próteses do atleta. Peguem na perna de um atleta normal e metam peso equivalente na prótese de Pistorius. Façam algo. Negarem-no baseados numa lei já antiga (ainda que justa) demonstra pouca preocupação pela questão. Este é um daqueles casos em que se deve discutir mais a lei e não tanto o processo.
Oscar Pistorius conseguiu vencer uma dificuldade que muitos outros apenas lamentariam e agora clama pelos seus direitos, tão simples como "quero correr com as próteses, porque sem elas não consigo".
1 comentário:
A não ser que tenham posto propulsores nas próteses, a mim parece-me justo que ele participe. Se ele estivesse em vantagem sobre os outros não ganharia o primeiro lugar sempre?
Para todos os casos o melhor é perguntarmos ao Pastor Josué Yrion o que ele pensa disto ;) :P ahahahah
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