Estradas da Morte
E assim acaba mais um ano rico em factos e acontecimentos. Não quero destacar nada em especial, mas sim fazer uma nota às mortes decorrentes nas estradas portuguesas. Um flagelo que a maioria esquece-se de enunciar aquando os desejos de ano novo. Normalmente esta situação só nos é dada a conhecer quando confrontados com notícias que, infelizmente, abundam nos nossos "media". Não condeno os media, porque mesmo que eles quisessem encobrir este "fenómeno", seria impossível. Acho que cada um de nós já apanhou diversos sustos nas estradas, uns maiores que outros, para que não tenhamos consciência do que se passa nestes cemitérios de alcatrão.
Há uns anos passei numa estrada francesa que continha a fama de estrada da morte. No local de cada morte era colocada uma placa negra em forma de pessoa, parecida aquelas que os treinadores colocam para fazer de barreira nos treinos. Recordo-me de num espaço de mais ou menos cinco kilometros ter visto cerca de cinquenta placas. Foi um choque para mim, como é para qualquer pessoa que visse famílias inteiras destruídas por uma infracção ao código da estrada.
Há campanhas de sensibilização, mas à medida que os anos passam, como acontece amanhã, as estatísticas continuam a revelar a mesma regularidade de acidentes, mortos e feridos graves. É triste porque sucedem-se os governos e nada de positivo é criado para parar este flagelo. E ainda é mais triste porque desfazem-se famílias, vidas e sonhos.
E assim desejo a todos os leitores deste blog, que nem devem ser tantos como isso, um feliz ano novo e se possível que respeitem sempre o código de estrada. Não é só a vossa vida que está em jogo, é a dos outros também.
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